Rede e PSB montam coligação fantasma

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Ninguém entendeu nada. Nem os jornalistas, nem os políticos, nem a própria Marina Silva e o próprio Eduardo Campos. Tentando disfarçar o casuísmo algo desesperado de Marina Silva de se coligar ao PSB, ela inventou uma “coligação democrática”, na verdade uma coligação fantasma entre uma legenda que não existe e um dos partidos mais pragmáticos do país.



Enfatizou que não está fazendo uma aliança pragmática, mas programática, quando se trata exatamente do inverso.

O PSB, com todo o respeito que se deve a um partido tradicional da política brasileira, é exatamente o oposto de tudo aquilo que a Rede vinha propondo a seus militantes. Talvez não haja partido mais afeito ao “pragmatismo”, na pior acepção desta palavra, do que o PSB, e particularmente o PSB de Eduardo Campos.

Em nome de sua candidatura, Campos tem se aliado com o que há de mais reacionário e atrasado na política brasileira, atraindo para o partido gente como a família Bornhausen e Heráclito Fortes. Além do apoio de Ronaldo Caiado.

O PSB, nos últimos anos, aliou-se ao PT no governo federal, e ao PSDB nos estados. Que pragmatismo é mais descarado do que esse?

Além disso, Marina Silva externou uma vitimização lamentável, tratando o Tribunal Superior Eleitoral como se estivesse lidando com hidrelétrica inimiga, e não a instituição mais importante da burocracia democrática, um dos bastiões institucionais mais respeitados pelo povo brasileiro e pela classe política.

Sirkis, Feldman, Domingos Dutra, Pedro Ivo, a cúpula da Rede também se filiou ao PSB. Eu fico pensando o que passou pela cabeça de Sirkis ao se ver assinando às pressas a filiação num partido que jamais se preocupou com o meio ambiente ou com o desenvolvimento sustentável.

Recuso-me a comentar uma suposta declaração de Marina Silva sobre derrotar o “chavismo do PT” e que havia 2 mil pessoas recebendo dinheiro público para falar mal dela nas redes. É muita baixaria. É coisa do Serra.

O maior perdedor foi Aécio Neves e o PSDB.

Nem falo de Roberto Freire, que ficou com a terceira brocha na mão em poucos meses. Tentou se fundir com PMN e não conseguiu. Ofereceu-se despudoradamente a Serra e foi esnobado. Por fim, ofereceu-se de forma ainda mais sem vergonha à Marina, e foi desprezado.

Eduardo Campos, ele sim, certamente, foi o grande ganhador desse imbróglio todo.

Assistimos hoje a uma inesquecível aula de hipocrisia e demagogia.

Por: Miguel do Rosário

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