"Falha técnica" parou site da Agência Nacional de Segurança americana

Página da NSA esteve inacessível durante várias horas. Nas redes sociais, circularam rumores de que teria sido um ataque informático.
O edificio da NSA no estado de Maryland, Estados Unidos. SAUL LOEB/AFP

A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos desmentiu rumores que circulam nas redes sociais de que um ataque informático teria estado na origem da paragem do site da agência na sexta-feira à tarde e durante várias horas.

A causa foi uma falha técnica, esclareceu um porta-voz à AFP. O site da agência parou e voltou a funcionar às 22h30 (03h30, hora de Portugal). Horas antes, os líderes europeus, reunidos numa cimeira em Bruxelas, anunciaram que iriam avançar com negociações com os Estados Unidos para definir um "código de conduta". O objectivo é impedir a espionagem em larga escala, como a que é praticada pela NSA.
 
“A página NSA.org não esteve acessível durante várias horas esta noite”, informou um porta-voz da agência americana citado pela AFP. Segundo acrescentou, a causa  foi "uma falha interna ocorrida durante uma operação programada de actualização [do sistema]”.
Circularam rumores nas redes sociais de que poderia tratar-se de um ataque do grupo de pirataria informática Anonymous, embora estes não o tenham reivindicado de forma clara. O porta-voz da NSA reiterou que as informações que circularam nas redes sociais “não eram verdadeiras”.
Enquanto isso, em Bruxelas, ficou decidido que a França e a Alemanha vão conduzir em nome da União Europeia negociações com os Estados Unidos, depois das revelações de que milhões de cidadãos europeus, incluindo responsáveis governamentais, foram escutados, incluindo a chanceler alemã Angela Merkel. Em França, e segundo revelou esta semana o jornal Le Monde, terão sido gravados pela NSA 70 milhões de dados telefónicos.
As revelações fragilizam a posição do Presidente norte-americano Barack Obama relativamente aos seis aliados europeus, e relativamente ao México e ao Brasil, cuja Presidente Dilma Rousseff denunciou, de forma veemente, a situação, cancelou em Setembro uma visita oficial aos Estados Unidos e afirmou perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas que a espionagem de cidadãos brasileiros era "incompatível com a convivência democrática entre países amigos".
 

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