Eduardo Paes vai seguir o caminho de Cabral para o lixo?

paescabral

2 de outubro de 2013 | 14:26
Eduardo Paes está cometendo o mesmo suicídio político que fez com que Sérgio Cabral seja hoje um cadáver político.

Está deixando que o “porta-voz” de seu Governo sejam as tropas da PM.

Cabral e Paes acharam, com suas mentes “acoxinhadas”, que podiam fazer com a classe média o que fazem com pobres, camelôs e favelados.

Não entenderam nada do que significavam Lula, Dilma e o apoio do Governo Federal ao Rio de Janeiro.

Não aprenderam que governar é incluir e tolerar, não ser intolerante com os excluídos.

Muito menos impor a “ordem” à bomba, bala e cassetete.



Felizmente, o fato de ser – ao menos até agora – apenas um boato a morte de uma professora em função das manifestações, ainda deixa espaço para recuos.

Porque, até agora, só o que recuou foi a civilidade com que se fazem manifestações e com que o poder público reage a elas.

Como em junho, o que mobiliza mais é o repúdio à violência policial do que a reivindicação econômica, por mais justa que seja. E, no caso do magistério, quase sempre é justa, como no caso das passagens de ônibus.

Os professores, porém, devem ter noção de que a máquina de propaganda da Globo, desde ontem, voltou-se contra eles.

E  Paes deve olhar o que virou Sérgio Cabral, graças aos seus chiliques e intransigências.

Ainda está a um passo de tornar-se lixo político.

Um passo muito curto, que aparenta não saber evitar, voltando atrás e saneando este processo.

As reivindicações dos professores não podem ser confundidas com as ações de provocadores, black blocs órfãos de sentido político.

Mas é dos governantes que se espera o sentido político do entendimento e não a vergonha de ontem, provocando com uma votação contestada e inacreditavelmente realizada numa Câmara Municipal sitiada e interditada pela polícia.

Governo que manda baixar o porrete em professores, que eu saiba, nenhum sobreviveu às próximas eleições.

Não vai adiantar, depois, querer condenar “excessos” que ele próprio insulfla e provoca, como não adianta aos responsáveis pela boataria da morte da professora pedirem desculpas pela mentira espalhada nas redes.

Caos, depois de criado, se auto-alimenta e acaba com a credibilidade que é preciso para superar estes impasses.

Por: Fernando Brito

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