Câmara mantém dinheiro privado em campanhas e reduz poder de fiscalização
Chamada de 'arremedo' e de 'maquiagem' por líderes de partidos de esquerda, projeto ignora questões centrais da reforma política
por Redação RBA
Para a deputada Manuela D'ávila, minirreforma amplia ao invés de reduzir gastos com campanha
São Paulo – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem (16) à noite um projeto de minirreforma eleitoral que não altera em nada o sistema político brasileiro e traz mudanças consideradas superficiais e cosméticas – como, por exemplo, a proibição de pintura de muros particulares pelos candidatos.
Ao contrário do que propõe alguns partidos e entidades sociais como a CNBB, a OAB, a CUT e a UNE, o projeto de minirreforma mantém o financiamento privado das campanhas e ainda limita o poder de auditoria da Justiça Eleitoral sobre a contabilidade, a prestação de contas e as despesas dos partidos.
O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que o projeto é um “arremedo de reforma” e cobrou uma mudança em cinco pontos: financiamento público de campanha, votação em listas, fidelidade partidária, paridade de gênero e uma constituinte exclusiva para reforma política.
“Somos contra essa reforma eleitoral, porque ela está na contramão de tudo aquilo que defendemos e das expectativas da sociedade brasileira. Não serve aos partidos e não serve à sociedade brasileira", afirmou. “Trata-se de um conjunto de penduricalhos, um faz de conta com o argumento falso de diminuir os custos das campanhas e não mexer nas questões centrais”.
Maquiagem
A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), chamou a minirreforma de “maquiagem” e disse que a proposta vai, na verdade, ampliar o custo da campanha. “Essa minirreforma tira as pessoas das ruas, mas não desaparece com o dinheiro que virá de mais e mais lugares de que desconhecemos”, disse.
Além de PT e PCdoB, foram contrários ao projeto PSB, Psol, PR, Pros e PDT. Entre os principais defensores estão o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e bancadas ligadas ao empresariado e ao setor rural.
A votação de ontem ainda precisa ser concluída na próxima semana, com a análise dos destaques. Depois seguirá para o Senado. Há dúvidas sobre se as novas regras poderão valer para as eleições de 2041.
Com informações da Agência Câmara
por Redação RBA
Para a deputada Manuela D'ávila, minirreforma amplia ao invés de reduzir gastos com campanha
São Paulo – O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem (16) à noite um projeto de minirreforma eleitoral que não altera em nada o sistema político brasileiro e traz mudanças consideradas superficiais e cosméticas – como, por exemplo, a proibição de pintura de muros particulares pelos candidatos.
Ao contrário do que propõe alguns partidos e entidades sociais como a CNBB, a OAB, a CUT e a UNE, o projeto de minirreforma mantém o financiamento privado das campanhas e ainda limita o poder de auditoria da Justiça Eleitoral sobre a contabilidade, a prestação de contas e as despesas dos partidos.
O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), disse que o projeto é um “arremedo de reforma” e cobrou uma mudança em cinco pontos: financiamento público de campanha, votação em listas, fidelidade partidária, paridade de gênero e uma constituinte exclusiva para reforma política.
“Somos contra essa reforma eleitoral, porque ela está na contramão de tudo aquilo que defendemos e das expectativas da sociedade brasileira. Não serve aos partidos e não serve à sociedade brasileira", afirmou. “Trata-se de um conjunto de penduricalhos, um faz de conta com o argumento falso de diminuir os custos das campanhas e não mexer nas questões centrais”.
Maquiagem
A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), chamou a minirreforma de “maquiagem” e disse que a proposta vai, na verdade, ampliar o custo da campanha. “Essa minirreforma tira as pessoas das ruas, mas não desaparece com o dinheiro que virá de mais e mais lugares de que desconhecemos”, disse.
Além de PT e PCdoB, foram contrários ao projeto PSB, Psol, PR, Pros e PDT. Entre os principais defensores estão o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e bancadas ligadas ao empresariado e ao setor rural.
A votação de ontem ainda precisa ser concluída na próxima semana, com a análise dos destaques. Depois seguirá para o Senado. Há dúvidas sobre se as novas regras poderão valer para as eleições de 2041.
Com informações da Agência Câmara
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