Aliados do governador Beto Richa travam privatização da Sanepar na Justiça
Carlos Pupin, prefeito de Maringá, conseguiu na Justiça suspender acordo de privatização da Sanepar; aliados de Richa colocam a faca no pescoço do tucano, avalia o jornalista maringaense Ângelo Rigon; governo contava com recurso para honrar folha de pagamento e 13º salário do funcionalismo público.
O prefeito de Maringá, Carlos Pupin (PP), ontem, conseguiu liminar junto ao juiz Tiago Gagliano Pinto Alberto, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, contra a decisão de aumento do capital social da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná).
A prefeitura do município do Noroeste do estado, que é acionista da estatal de água e esgoto, alegou que não foi consultada no processo de negociação entre o governo do Paraná e o grupo Dominó Holding (sócio privado).
A decisão pelo aumento de capital social da companhia, em valor superior a R$ 797,3 milhões, ocorreu em assembleia sem a devida participação de todos os acionistas.
Pupin é do grupo político de Ricardo Barros (PP), secretário de Estado da Indústria e Comércio, aliado de primeira hora do governador Beto Richa (PSDB).
Os aliados maringaenses do tucano conseguiram na Justiça o que a oposição na Assembleia Legislativa e o senador Roberto Requião (PMDB) não haviam conseguido com suas denúncias.
O deputado Tadeu Veneri (PT) calcula que a venda de ações da Sanepar deixaria rombo ao estado de R$ 358 milhões. Requião chegou a classificar de “moleques irresponsáveis” os deputados que aprovaram a mensagem governamental aprovando a privatização da estatal (clique aqui para relembrar).
A oposição diz que o governo tucano busca a privatização da empresa para fazer caixa e honrar a folha de pagamento do funcionalismo público. O governo Beto Richa também não teria dinheiro para pagar o 13º salário.
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