Starbucks pede aos clientes para deixarem as armas fora dos seus cafés
Para não hostilizar os defensores do porte de arma, patrão da empresa sublinha que não se trata de uma ordem.
Howard Schultz, o patrão da cadeia de cafés norte-americana Starbucks, pediu “respeitosamante” aos seus clientes para deixarem de levar armas para os seus estabelecimentos nos Estados Unidos. O pedido acontece depois de um homem ter morto a tiro 12 pessoas num edifício da marinha americana em Washington.
Mas, acrescenta o patrão da Starbucks, o debate sobre esta questão “tornou-se cada vez mais indelicado e por vezes mesmo ameaçador”. Defensores do “porte visível” chegaram a organizar eventos de carácter partidário em certos estabelecimentos da Starbucks, diz Schultz, dando assim a impressão, “de forma insidiosa”, de que a empresa está associada à defesa daquelas leis.
Daí que Howard Schultz peça “respeitosamente aos seus clientes para não irem armados” para os cafés Starbucks, deixando bem sublinhado que não se trata de uma “proibição” mas sim de um “pedido”.
Muitos restaurantes e lojas norte-americanas proíbem a entrada de armas nas suas instalações, mas, por omissão, a Starbucks autoriza a entrada de pessoas armadas nos seus mais de sete mil cafés que tem espalhados pela América.
O debate sobre o enquadramento de aquisição e porte de armas inflama-se regularmente nos Estados Unidos, entre os defensores empedernidos da Segunda Emenda da Constituição, que dá a cada cidadão o direito a ter uma arma, e aqueles que querem uma regulação mais apertada.
Depois da morte de 12 pessoas na segunda-feira, em Washington, abatidas a tiro por um ex-marine, o Presidente americano, Barack Obama, pediu ao Congresso para reanimar o projecto de reforma das leis das armas de fogo, enterrado em Abril, devido à oposição inflexível da maioria dos republicanos, bem como do poderoso lobby das armas.
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