Cartel: caiu o primeiro funcionário tucano em São Paulo. E os outros?
Caiu o engenheiro Pedro Benvenuto, do cargo de secretário-executivo do Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do governo do Estado. Ele deixa o cargo dois dias após a Folha de S.Paulo ter revelado que suspeitas recaem sobre ele, de ter repassado dados reservados de investimentos do metrô a uma empresa de consultoria. A empresa foi contratada e prestava serviços a grandes companhias que integraram o cartel nos transportes públicos metroferroviários tucanos.
Ou seja, Benvenuto caiu não por investigação instaurada pelo governo de Geraldo Alckmin, mas por uma denúncia de jornal. Investigação, aliás, que não se instaura, já que os tucanos paulistas fazem de tudo para ignorar o assunto, fazem de conta que não é com eles.
Caiu Benvenuto. E os outros funcionários e agentes públicos tucanos que aparecem nas denúncias publicadas pelos jornais, muitos dos quais continuam na máquina pública, ou faceiros andando por aí na certeza da impunidade? Tem ex-dirigentes de estatais, da CPTM, do metrô, familiares seus, consultores… Nada sobre eles e sua ação em conluio com o cartel vai ser apurado pelo governo?
O cartel, montado para a obtenção e/ou de contratos milionários nos governos tucanos paulistas no metrô e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), foi denunciado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) no 1º semestre deste ano por uma das empresas que o integrou, a Siemens, em troca de benefícios em futuros processos.
Já no “departamento” de fracassos e apagões tucanos…
O governo tucano de Geraldo Alckmin faz malabarismos, divulga de um jeito, divulga de outro, começa por esse ou aquele tipo de crime, mas não adianta, o fato é que a violência continua a crescer mês a mês em níveis endêmicos em São Paulo – na capital e no Estado. Sabe aquele balanço mensal que a própria Secretaria de Segurança estadual divulga sobre criminalidade e violência?
Divulgaram mais um ontem, o relativo a agosto. Principal conclusão que se pode tirar a partir dele: o retumbante fracasso tucano também na área da segurança pública depois de 20 anos de governo do PSDB em São Paulo, período em que Alckmin foi três vezes governador. Ele programa ser candidato à reeleição no ano que vem para um 4º mandato no Palácio dos Bandeirantes.
Fracasso, também, no combate à violência e a criminalidade, porque o mesmo apagão se verifica nas demais áreas do Estado – na educação, na saúde, nos transportes públicos de massa, onde até cartel domina… Em matéria de fracasso em governo tucano não tem para onde correr…
Crescimento em todos os tipos de crimes. Na capital e no Estado
Pelo balanço divulgado pela segurança pública, o número de roubos cresceu 16,2% na capital paulista no mês de agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado; entre os roubos específicos contabilizados pela secretaria, o de veículos cresceu 16%; os assaltos a banco se elevaram em 142% – de 7 para dezessete no mês; os de carga aumentaram 22,75% – foram de 356 para 437. Os latrocínios (roubo seguido de morte) também cresceram em agosto deste ano na capital paulista – foram 4 em agosto de 2012 e 11 em agosto de 2013.
Não é diferente o quadro em relação ao estado: aumento da criminalidade e da violência também. Os dados do Estado apontam aumento no número de roubos em agosto.Foram 22.679 casos no último mês, contra 20.593 registrados em agosto de 2013,o que corresponde a um aumento de 10,1%.
Os roubos de veículos subiram de 7.243 para 8.395 (aumento de 15,9%); os roubos a banco de 12 para 30 (aumento de 150%); e os roubos de carga subiram de 608 para 732 (aumento de 20,3%). Já os latrocínios subiram de 23 para 29 (aumento de 26%).
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