As vendas no comércio e a manipulação do G1


Sugerido por Jicxjo
Manchete safada no G1, levando em conta os percentuais de alta mas insinuando números absolutos. Como pode um aumento de 3% nas vendas se transformar no "1o semestre mais fraco desde 2003"? Sobretudo quando se afirma na própria notícia que a base de comparação é elevada!
Viva a manipulação de percepção ad nauseam; essa é a principal manchete em destaque no portal...
Do G1
Volume de vendas no acumulado de janeiro a junho subiu 3%, aponta IBGE. No primeiro semestre do ano passado, alta foi de 9,06%. 
Do G1, em São Paulo
O primeiro semestre de 2013 foi o mais fraco de vendas do comércio varejista do país desde 2003, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (14).
O volume de vendas no acumulado de janeiro a junho subiu 3%, na comparação com o 1º semestre de 2012 - pior resultado desde o 1º semestre de 2003, quando as vendas do comércio recuaram 5,59%, também na comparação com os primeiros seis meses do ano anterior.
Nos primeiros seis meses do ano passado, as vendas do comércio registraram alta de 9,06%. No mesmo período de 2011, a alta foi de 7,32%. 
Em junho, na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, as vendas aumentaram 0,5%, segundo o IBGE. Quanto à receita nominal, foi verificada alta de 0,9%. Em maio, as vendas tinham ficado estagnadas. Na comparação com junho de 2012, as vendas avançaram 1,7% e a receita nominal, 9,9%. Em 12 meses, as vendas cresceram 5,5% e a receita, 11,9%.
"O resultado de junho confirmou o primeiro semestre de 2013 como o mais fraco em termos de crescimento de vendas desde 2003, independentemente de ajustes sazonais", destacou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em comunicado.
"Contribuem para a desaceleração do varejo este ano a acomodação do mercado de trabalho, que teve expansão de 1,5% na massa real de rendimentos nos últimos 12 meses, além da perda de fôlego na concessão de crédito aos consumidores (+5,9% em relação a junho de 2012)", acrescentou a CNC.
A expectativa da confederação, é que o volume de vendas em julho cresça 0,7% em julho ante junho e feche 2013 com alta de 3,8% em relação a 2012.
 Editoria de Arte/G1)
Dados de junho
Na comparação de junho ante maio, das dez atividades pesquisadas pelo IBGE, o volume de vendas cresceu em seis, com destaque para móveis e eletrodomésticos (1,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1%); veículos e motos, partes e peças (0,9%); combustíveis e lubrificantes (0,9%) e material de construção (0,6%).
Tiveram resultado negativo as vendas de artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,5%) e tecidos, vestuário e calçados com -1,4%.
Já na comparação contra junho de 2012, cinco atividades apresentaram resultados positivos, com os resultados mais significativos partindo de combustíveis e lubrificante (8,2%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,8%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,6%). Também tiveram resultados positivos móveis e eletrodomésticos (2,9%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,8%).
"Analisando os resultados do varejo, por ordem de importância das atividades na taxa global, tem-se que o segmento de combustíveis e lubrificantes, com variação de 8,2% no volume de vendas em relação a junho de 2012, foi responsável pela maior contribuição da taxa do varejo (48%). Em termos de desempenho acumulado no semestre, a taxa de variação chegou aos 6,2%, e nos últimos 12 meses a 7,5%", disse o IBGE, em nota.
Na contramão, mostraram resultados negativos livros, jornais, revistas e papelaria (-3%); tecidos, vestuário e calçados com (-3,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com (-0,8%).

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