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André Araújo: A urgência do combate ao desemprego

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O desemprego na Alemanha em 1932 chegou a 40% e criou as condições para que os nazistas ganhassem o poder nas eleições de Janeiro de 1933. Na mesma Alemanha, em 1923, a inflação chegou a muito mais que 1.000% ao dia e não causou quebra das instituições da República de Weimar e nem agitação de rua. Por André Araújo*   No ano seguinte, o economista Hjalmar Schacht, com um plano simples acabou com a hiperinflação, mas para acabar com o desemprego foi muito mais difícil em 1933, só a preparação bélica da Segunda Guerra é que fez a taxa baixar a zero. A inflação é tolerável, o desemprego não. Programas dirigidos ao emprego precisam ser implantados com urgência, nenhum governo pode ficar impassível com o desemprego porque este é combustível de crise social e desta para a crise política que inevitavelmente leva à convulsão social e desta se segue um governo autoritário de salvação, que pode ser rotulado como DITADURA. A inflação ao contrário é curável por métodos relativamente simples

Cunha é o calcanhar de Aquiles do golpismo

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POR  FERNANDO BRITO  · 06/12/2015 . É importante a batalha jurídica contra a absoluta inépcia do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. É indispensável a luta para ficar com a maioria do PMDB, diante do poderio do Presidente da Câmara e da posição dúbia de Michel Temer. Mas nada, nada é tão vital para enfrentar a tentativa de deposição quanto a identificação que o próprio Eduardo Cunha provocou entre o impeachment e sua indefensável condição. Pela primeira vez desde as eleições, a marca de Eduardo Cunha em suas testas coloca o  coxismo  na defensiva. Cunha é a rua contra o golpe.

Mauro Donato: O ano em que o Picolé de Chuchu deu lugar ao espancador de estudantes.

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Postado em   06 dez 2015 por :   Mauro Donato Cacique Cobra Coral Por mais que tenha buscado, e obtido temporariamente, um alinhamento das grandes redes de jornais e TVs com seu plano de ‘reorganização’ das escolas, mesmo com os telejornais contornando a realidade a seu mando, a operação abafa de Geraldo Alckmin fracassou. Claro, estamos em 2015, século 21. Só o governador e seu mumificado estafe parecem não saber disso. Mais uma vez as mídias independentes acompanharam, apuraram e noticiaram informações e imagens das manifestações dos estudantes e a agressividade pré-histórica da Polícia Militar. A verdade transbordou e alcancou a todas as camadas da população. Daí não tem mais jeito, até o mais Homer Simpson dos telespectadores tem perfil nas redes. Deu-se então uma pesquisa, Alckmin tomou um susto e recuou instantaneamente. A medida tomada de cima para baixo, na base da canetada, sem consultar nem explicar voltou-lhe amarga pelo esôfago.

Lava Jato: surge nova denúncia de irregularidade

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6 de dezembro de 2015 Marcelo Auler Marcelo Auler O que desde julho/agosto era falado em conversas em “off”, papos de corredor, e chegou a ser dito até por um sindicalista boquirroto, que um dia se vangloriou de ter denunciado a situação a membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mas, no dia seguinte, garantiu jamais ter comentado o assunto,  hoje encontra-se oficializado. Em dois depoimentos – o primeiro em Brasília, o outro em Curitiba, nesta última semana – a delegada federal Tânia Fogaça, da Corregedoria Geral (Coger) do Departamento de Polícia Federal (DPF), registrou que policiais da Força Tarefa da Lava Jato tentaram obter dados sigilosos de pessoas com foro privilegiado. Tudo sem a autorização da Justiça Federal. Juiz José Orlando Bremer: “se meu alvará foi usado na Lava Jato, fui traído” – foto – site da POlicia Militar (PR) Para tal, utilizaram um Alvará que o  juiz estadual José Orlando Cerqueira Bremer, ainda na Vara Criminal de Pinhais, município vizinho

Assad: Ataques britânicos na Síria são 'apoio ao terrorismo'; Rússia 'protege a Europa'

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. Sputnik News - 06/12/2015 Aviação russa combate terrorismo na Síria Os ataques aéreos realizados pelo Reino Unido contra o Daesh (também conhecido como Estado Islâmico) na Síria são "ilegais" e constituem "um apoio ao terrorismo", segundo disse o presidente sírio, Bashar Assad, em entrevista ao Sunday Times neste domigo (6). Por outro lado, ele elogiou a intervenção dos russos, que "compreenderam bem" a questão. "Será prejudicial e ilegal, e será um apoio ao terrorismo", disse Assad, em referência aos bombardeios autorizados pelo parlamento britânico na última quarta-feira (2). "Não se pode derrotar (o Daesh) somente com bombardeios aéreos. Não se pode derrotá-lo sem cooperar com tropas em terra. Não se pode derrotar se não tiver a aprovação do povo e do governo sírios", reiterou o chefe de Estado.

Fernando Brito: Não deixe o ódio entrar em você

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POR  FERNANDO BRITO  · 06/12/2015 . O ódio, como um vírus, espalha-se numa sociedade sem que a gente saiba como pará-lo, embora saiba bem quem são os mosquitos que os conduzem. E como este infelizmente famoso  zika , tende a produzir microcefalia não em fetos, mas em marmanjos. Nesta questão das armas, vivemos um surto e não faltam microcéfalos a propagar a estupidez de que a paz se alcança o dia em que todo mundo puder ameaçar o outro com um tiro. Anteontem aqui se postou o rapazote que, na falta de ocupação que tenha valia, posa com uma arma de atirar bolotas de tinta para dar apoio à ideia do armamento geral.

Quem é quem no jogo do impeachment

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O acolhimento do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff motivou posicionamentos diferenciados entre os setores do campo progressista. Por Najla Passos - na Carta Maior - 26/12/2015 . O acolhimento do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), motivou posicionamentos diferenciados entre os setores do campo progressista brasileiro. Os principais movimentos sociais e sindicais do país defendem a permanência da presidenta no cargo, mas entre os partidos tidos como de esquerda que não compõem a base do governo, há divergências fundamentais. O PSOL mantém suas duras críticas à política adotada pelo governo federal – em especial a econômica. Mas não se associa aos setores conservadores que reivindicam o impeachment da presidenta e defende o exercício do mandato por quem foi democraticamente eleita pelo povo para fazê-lo. Para o PSOL - autor do processo que pede a cassação do presidente da Câma

Emir Sader: A disputa é pelo Estado

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Depois da profunda crise no centro do capitalismo, vinda do mercado sem controle, a direita não pôde seguir com a apologia ao mercado. Mas segue na busca por minar o Estado e seu poder de personificar projetos nacionais . por  Emir Sader - na RBA Desde que Ronald Reagan difundiu a fórmula de que “O Estado deixou de ser a solução para se tornar o problema”, não se deixou de acentuar a luta pelo Estado. Para minimizá-lo ou para fazer com que continuasse a ter um papel ativo na economia e na sociedade. A partir desse momento, o Estado se transformou em um tema central no debate de ideias. Foi demonizado, responsabilizado pela inflação, pela ineficiência dos serviços públicos, pela corrupção, pela drenagem dos recursos das pessoas tirados via impostos para gastos com burocracia. Como contraponto, se passou a exaltar a empresa e o mercado, como tudo o que é dinâmico, os empresários como os heróis da economia, temas de biografias e autobiografias.

Paulo Nogueira: Aécio evoca a instabilidade que ele mesmo cria para justificar o golpe.

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Postado em   06 dez 2015 por :   Paulo Nogueira Demagogo e golpista Aécio é uma pândega. Ele fala coisas que nada têm a ver com o que ele próprio faz. Na campanha, como um papagaio passou a usar a palavra “meritocracia”. Ora, Aécio jamais praticou a meritocracia. Encheu o governo de Minas de parentes, amigos e assemelhados. A eminência parda de suas gestões foi, meritocraticamente, sua Andrea, aquela que dava dinheiro público de publicidade oficial para a mídia amiga e sufocava à míngua a mídia independente. Sua própria trajetória é a negação da meritocracia: Aécio ganhou tudo de bandeja – de empregos a votos – por ser integrante de uma oligarquia mineira. Bem, fiel a sua tradição de falar coisas absurdas, ele agora declarou, em tom acusatório e olhando para Dilma, que há muita instabilidade no Brasil. Ora, ora, ora.

“Não vamos aceitar que a Constituição seja rasgada,” diz Flávio Dino

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Vermelho.org - 6 de dezembro de 2015 - 13h15  “Não vamos aceitar que a Constituição seja rasgada,” diz Flávio Dino em coletiva neste domingo (6) com Carlos Lupi e Ciro Gomes (PDT) Em coletiva neste domingo (6), o governador do Maranhão (PCdoB), Flávio Dino, o ex-ministro Ciro Gomes e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lançaram o movimento nacional em defesa da Constituição e da estabilidade democrática no Brasil: “Golpe nunca mais”, na defesa das regras democráticas estabelecidas na Constituição de 1988. Juntos, os três convocaram as lideranças políticas e sociais do país para defender a tentativa de golpe institucional. “Classificamos claramente como golpe a tentativa de impeachment da presidente da República porque não há base constitucional para que isso aconteça”, disse o governador. Segundo ele, é preciso respeitar as regras democráticas para que o Brasil supere os problemas sociais decorrentes da crise econômica.

O que Tancredo diria a Eduardo Cunha, por Fernando Morais

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POR  FERNANDO BRITO  · 06/12/2015 . A frase clássica de que a história se repete – a primeira vez, como tragédia; a segunda. como farsa – acaba de marcar mais um triste ponto em sua trajetória de profecia. Lendo o artigo de Fernando Moraes, hoje, na  Folha ,é inevitável pensar em o quanto o neto é menor que o avô. O dia da infâmia Fernando Morais, na Folha Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura. Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de “Canalha! Canalha!”.

Chico Buarque - Carioca ao Vivo

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Janio de Freitas: Um poder marginal

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. Por Janio de Freitas - na Folha - 06/12/2015 - 2:00 É pouca –se houver alguma– a percepção de que já estamos fora do regime democrático. É a realidade, porém. Está negada a validade do sistema jurídico, essencial no regime democrático, que tem por base o respeito aos direitos fundamentais e aos deveres a que estão sujeitos não só cidadãos em geral, mas também os ocupantes dos poderes constituídos. A situação da atual Câmara dos Deputados foge aos seus deveres e responsabilidades constitucionais. Estar sujeita à condução de um parlamentar a quem são imputados vários atos criminosos já configura anomalia incompatível com a condição de Poder Legislativo. Assim conduzida, a Câmara dos Deputados sequer consegue que o seu Conselho de Ética opine sobre ser admissível, ou não, uma investigação superficial das acusações de delinquência e crime ao presidente da Casa.

Paulo Nogueira: Como Dilma poderia fazer mais do que fez sendo sabotada desde antes de assumir o novo mandato?

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Postado em   05 dez 2015 por :   Paulo Nogueira O momento de avaliá-la foi em outubro de 2014 Dilma está sendo bombardeada muito além da conta. Me chamou a atenção o número de artigos em que pessoas que condenam o impeachment fazem questão de dizer que Dilma vem fazendo um governo péssimo e é irremediavelmente incompetente. Um momento. Gostaria de saber quais as razões concretas por trás dessa avaliação. Dilma, a rigor, fez um mandato. Se os brasileiros não aprovassem seu desempenho ela não teria sido eleita. Isto é fato. Para colocar em contexto, ela venceu em circunstâncias extraordinariamente adversas, o que dá ainda maior legitimidade à vitória. A imprensa fez tudo o que podia para sabotar sua candidatura. Aécio foi escandalosamente favorecido. A imprensa tratou-o como  seu  candidato. Dilma foi, em todos os momentos da campanha, massacrada por jornais, revistas, telejornais. O caso da Petrobras veio para liquidá-la.

Ciro chama Cunha de ladrão e diz que Temer assinou decretos de “pedaladas”. Assista

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POR  FERNANDO BRITO  · 05/12/2015 . Em entrevista dada ontem a Mariana Godoy, na Rede TV, o ex-ministro Ciro Gomes, de maneira direta, além de dizer com todas as letras que Eduardo Cunha é “ladrão”, acusa o vice-presidente Michel Temer de estar conspirando pelo golpe de Estado contra Dilma Rousseff. Ciro, que acusa Temer de ser “sócio em tudo” de Eduardo Cunha, diz que o vice-presidente está sendo hipócrita em coonestar o discurso das “pedaladas fiscais” porque, além de não serem crimes de responsabilidade, são uma prática comum e diz que já tem separados decretos assinados por Michel Temer, nos seus períodos de interinidade, onde ele também praticaria “pedaladas” orçamentárias.