A revolução individualista: empreendedores e submissos
Os novos revolucionários são pragmáticos, dedicados ao consumo, viciados em sucesso individual. Seu imaginário social os situa dentro do sistema. Marcos Roitman Rosenmann, para o La Jornada, do México - na Carta Maior - 28/10/2015 . Durante os obscuros anos das ditaduras militares na América Latina, comandantes das Forças armadas vetaram a palavra revolução. Sobre ela recaíram males e pesares. Os revolucionários foram torturados, assassinados e considerados uma excrecência da sociedade bem ordenada. Nas mentes enfermas dos tiranos e seus assessores, o conceito tinha que ser erradicado por decreto. Os relatos tragicômicos num contexto de horror e violação dos direitos humanos percorreram o mundo. As bibliotecas públicas foram objeto de assalto e mutilação. A queima de livros incluiu qualquer texto cuja capa levasse impressa a palavra revolução. Títulos alusivos à revolução industrial, técnica-científica, copérnica ou neolítica foram retirados das prateleiras sob o ass