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O MUNDO PÓS-CRIMEIA

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Postado por Mauro Santayana (Jornal do Brasil) - O G-8, que agora volta a ser G-7, “expulsou” na semana passada, a Rússia, depois de suspender a reunião que haveria em Sochi. A reação do chanceler Serguei Lavrov foi a de declarar que, como grupo informal, o G-8 não pode expulsar ninguém, além de lembrar que, para Moscou, comparecer ou não a essas reuniões não muda absolutamente nada. Pertencer ou não ao G-8 é uma questão irrelevante para os russos, que se sentem muito mais à vontade com os BRICS- justamente o grupo que fomentou a criação do G-20, em contraposição ao clubinho que tradicionalmente reunia as maiores – e agora não tão poderosas - economias do Ocidente.

Anvisa define regras sobre presença de matérias estranhas em alimentos e bebidas

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Paula Laboissière -  Agência Brasil Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje no  Diário Oficial da União  define requisitos mínimos para a avaliação de matérias estranhas em alimentos e bebidas e seus limites de tolerância. De acordo com o texto, o regulamento tem como objetivo avaliar a presença de matérias estranhas indicativas de riscos à saúde humana e indicativas de falhas na aplicação de boas práticas na cadeia produtiva de alimentos e bebidas. “Esta regulamentação visa a promover a melhoria da qualidade e segurança dos alimentos, contribuindo para o aprimoramento das práticas adotadas pelo setor produtivo”, informou a Anvisa. “A obtenção de alimento seguro deve abranger toda a cadeia produtiva, ou seja: da produção até o consumo”, completou.

Pepe Escobar − “A partida de xadrez Kerry-Lavrov”

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31/3/2014, [*] Pepe Escobar , Asia Times Online − The Roving Eye “ The Kerry-Lavrov chess match ” Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu Postado por Castor Filho Não é partida de xadrez entre iguais – um joga xadrez; o outro, Monopólio. É como se o Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, esteja adiando o xeque mate, enquanto o Secretário de Estado, John Kerry, dos EUA vai percebendo que tem pela frente o inevitável. Como Lavrov já explicou repetidas vezes, a única solução possível para a Ucrânia é criar-se uma federação fluida, como parte de uma “profunda reforma constitucional”. Implica que o leste e sul da Ucrânia – os russos étnicos e também os sentimentalmente russos – devem ser amplamente autônomos. Há cerca de duas semanas, Kerry deu sinais de concordar que essas regiões ucranianas precisam ter mais poder para decidir. Mas então a Casa Branca recomeçou com sua blitzkrieg moralista – que coincidiu com a viagem do Presidente

A mídia que abraçou a ditadura não faz mea culpa, faz peça publicitária

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A oposição feroz entre os grandes grupos de comunicação e a censura na ditadura civil-militar é só a imagem que a grande mídia quer projetar de si mesma.  Caio Hornstein Não é novidade que a imprensa brasileira teve participação efetiva na articulação civil-militar que derrubou o presidente João Goulart. Com a exceção de alguns poucos veículos de comunicação, como o jornal carioca Última Hora e a TV Excelsior, que se colocaram em defesa da ordem democrática e foram posteriormente perseguidos pelo regime militar, todos os principais grupos de mídia deram apoio explícito à intervenção militar. Passados cinquenta anos do episódio histórico que deu início a uma ditadura que durou mais de 21 anos, os veículos de mídia que apoiaram o golpe têm se visto na obrigação de dar uma explicação que relativize sua participação no episódio histórico. Valendo-se de desavergonhado contorcionismo retórico, os editoriais dos jornalões têm, em linhas

Mujica pede respeito para Venezuela e critica ameaças de sanções dos EUA

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    Agência Efe Presidente uruguaio afirmou que América Latina "fará sua história" sem intervenção de outros países O presidente do Uruguai, José Mujica, reivindicou nesta segunda-feira (31/03) "respeito e carinho" para a Venezuela "e para toda a América Latina" e protestou contra as ameaças de sanções econômicas ao país vindas dos Estados Unidos. "Quando o mundo inteiro pede aos EUA para arquivarem sua política de bloqueio econômico de Cuba, surgem vozes desse governo ameaçando a Venezuela com sanções. Você não aprendeu nada com a história? Será que essa atitude serviu para resolver alguma coisa que não seja impor dificuldades aos mais fracos em diferentes sociedades?", questionou o presidente uruguaio.

Bovespa sobe e tem melhor mês desde janeiro de 2012

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Os destaques foram as estatais, em meio à expectativa do mercado de mudanças na condução da política econômica. AE A Bovespa encerrou março, nesta segunda-feira, 31, com o melhor desempenho mensal desde janeiro de 2012 e com a primeira alta desde outubro do ano passado. O ingresso de capital estrangeiro se repetiu ao longo do mês e impulsionou o ganho com ações. Os destaques foram as estatais, em meio à expectativa do mercado de mudanças na condução da política econômica. Hoje, o índice retomou o patamar de 50 mil pontos, registrado pela última vez em janeiro.

Nem a Globo escapa do progresso da Grande Família Brasil

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Autor: Fernando Brito Do Facebook de Lula, uma grande sacada para traduzir a ascensão do povo brasileiro desde 2003, produzida pelo site Muda Mais . É a mudança na vida dos personagem da série  A Grande Família, uma recriação  brasileiríssima de Oduvaldo Vianna Filho, o , e de Armando Costa, em cima da ideia de um seriado americano ( Tudo em Família )   com a qual - segundo o biógrafo de Vianinha, Denis de Moraes ” - driblava  as duas censuras (a do regime e a da própria emissora, a TV Globo)” traduzindo ” a partir do cotidiano de uma família da classe média remediada” as ” aspirações dos dilemas de boa parte da sociedade brasileira em meio ao chamado milagre econômico”.

A última conversa telefônica de João Goulart com o general que o trairia

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por : Paulo Nogueira Jango e Kruel A cena está num dos melhores livros sobre a ditadura, “Brasil: de Castelo a Tancredo”, do brasilianista Thomas Skidmore. Ela conta muito sobre o caráter do presidente João Goulart, o Jango, deposto pelos militares há 50 anos. Era o dia 1.o de abril de 1964, e  Jango recebera a notícia no Palácio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, onde pernoitara, de uma sublevação militar.

Fabio Konder Comparato: Manutenção da lei da anistia gerará sanções ao Brasil

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Em entrevista à Carta Maior, jurista fala sobre as consequências da transição imperfeita para a democracia na vida do Brasil hoje.  Fábio de Sá e Silva Aos 78 anos de idade, o professor aposentado da Faculdade de Direito da USP, Fabio Konder Comparato, é um ativista daquilo que Boaventura de Sousa Santos chamou de "democratização da democracia". Ao longo de sua vida, Comparato atuou em algumas das causas de grande expressão, como o impeachment do ex-presidente Collor e a privatização da Vale do Rio Doce. Também produziu propostas normativas densas e inovadoras, a começar pelo Muda Brasil  – um projeto de Constituição publicado pela Editora Brasiliense em 1987  –, que trazia uma das primeiras propostas para a regulação dos meios de comunicação na transição para a democracia. E não se cansou de intervir em debates públicos importantes, reivindicando a adoção de uma forma verdadeiramente social de controle do judiciário, a

"Devemos aos torturados e perseguidos", afirma Dilma

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Nos 50 anos do golpe, presidente diz que brasileiros foram calados por duas décadas e que, com a luta contra a ditadura, passaram a valorizar a liberdade: "Aprendemos o valor de ir às ruas." No dia em que são lembrados os 50 anos do golpe de 1964, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (31/03) que, com a luta contra a ditadura, os brasileiros aprenderam a valorizar a liberdade. Ela lembrou os "sacrifícios humanos irreparáveis" ocorridos no período e pediu que as atrocidades cometidas no regime militar não sejam esquecidas. “O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos aos que morreram e desaparecerem, devemos aos torturados e aos perseguidos, devemos às suas famílias. Devemos a todos os brasileiros”, disse Dilma, que participou da luta armada nos anos 1960, sendo presa e torturada.

Diplomacia infantilóide e neodemonização da Rússia

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[*] Frank Furedi ,  Spiked Online  e 30/3/2014,  4th Media , Pequim “ The Infantile Diplomacy Behind Demonising Russia ” Traduzido pelo pessoal da  Vila Vudu POSTADO POR  CASTOR FILHO   A arrogância autista dos neodemonizadores da Rússia no ocidente é espantosa. Vladimir Putin Será que diplomatas e jornalistas ocidentais falam sério quando acusam o governo russo de estar lançando uma nova Guerra Fria? Será que realmente acreditam em sua própria retórica, quando dizem que Putin tem ambições expansionistas e quer reconstruir o Império Soviético?

Para criticar a “mídia”, é preciso dar nomes aos bois!

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[*] Glenn Greenwald ,  The Intercept  [excerto] “ US Takes a Break From Condemning Tyranny to Celebrate Obama’s Visit to Saudi Arabia ” Traduzido pelo pessoal da  Vila Vudu   POSTADO POR  CASTOR FILHO A hipocrisia de tratar o Rei Abdullah como democrata e Maduro como ditador Entreouvido na Viela do Xixi na Vila Vudu:  Esse artigo não é nenhuma  brastemp , não tem novidade, ainda não é propaganda política de democratização, mas já é jornalismo de democratização E É MUITO BOM, como exemplo disso. Greenwald é jornalista liberal e ainda crê no jornalismo liberal. Além disso, trabalha em ambiente de (muuuito) melhor jornalismo, que nós, cá no Brasil, condenados todos ao monopólio e à mediocridade quase INACREDITÁVEL do “jornalismo” das empresas  −  imprensa do Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadão). Mas até Greenwald, por jornalista liberal que seja,  JÁ SABE que se pôr a criticar “a mídia”, sem dar nomes aos bois, é perder tempo e energia .

Adeus, 1964. Bom dia, 2014. Nenhum passado importa mais que o futuro

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Autor: Fernando Brito Quando a gente fica velho, começa a praticar o erro de achar que tudo o que vivemos no passado está perto, porque o passado é presente na memória. Ainda jovem, aprendi isso no convívio com Brizola conversando comigo, em longas noites em volta da mesa redonda de seu apartamento – eu chamada a saleta onde ela ficava de botequim sem cerveja – ,  com um “não fazer caso” com os detalhes dos fatos como se eu os tivesse vivido, ainda não nascido ou bebê.

A esquerda e a ditadura

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Não houve praticamente resistência, até porque quase não havia setores da esquerda com organização militar e a maioria nem estava politicamente preparada. por Emir Sader O golpe militar foi um choque muito maior do que o esperado, mesmo pelos que anunciavam que o governo do Jango seria interrompido por uma ação golpista dos militares. Era uma geração que não conhecia praticamente ditadura, salvo alguns comunistas remanescentes do período getulista, que mesmo assim teve um caráter diferente. Afora algumas ilusões, rapidamente desfeitas, de que haveria um esquema militar nacionalista que resistiria dentro das FFAA ao golpe, ou da expectativa de que os Grupos dos Onze, organizados pelo Brizola e por alguns grupos de esquerda pudesse retomar a resistência de 1961 ao golpe, os militares se impuseram rapidamente. A ação rápida de ocupação dos centros fundamentais de poder e a colocação do Jango fora de qualquer espaço possível de busca de resistência, consolidou rapidamente o golp

A exumação do presente

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Como uma correlação de forças favorável se transforma em uma derrota demolidora? A exumação de 1964 sugere a resposta a esta pergunta. por: Saul Leblon   Como uma correlação de forças favorável se transformou  em uma derrota política de consequências históricas demolidoras? A pergunta ecoa obrigatória  na exumação do Brasil de 1964.  Mas a resposta extrapola a necessidade de se compreender o país  que existia há meio século  para  iluminar os dias que correm, as horas que urgem. A história não cabe em fascículos solteiros.