Por Fernando Brito - no Tijolaço - Dificilmente haverá alguém tão capaz de avaliar as pressões por um golpe eleitoral no Brasil que o presidente do órgão a quem compete conduzir as eleições e que está, há meses, sendo pressionado e ameaçado por chefes militares e autoridades públicas que insistem em afirmar que seria fraude qualquer resultado que não fosse a reeleição de Jair Bolsonaro. Por isso, deveriam levar muito a sério o que disse hoje, numa palestra em Washington, o ministro Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, ao afirmar que “poderemos ter um episódio mais agravado do que houve no Capitólio” , a invasão por fanáticos trumpistas , em 6 de janeiro de 2021, do Congresso dos Estados Unidos, para impedir que se proclamasse a vitória de Joe Biden, que terminou com cinco mortes e dezenas de feridos. Fachin disse que o Judiciário não vai se vergar diante de ameaças, mas que, para isso, depende do apoio da sociedade, do parlamento, da imprensa e da comuni...