Marco Aurélio Mello, Dias Toffoli e Lula: “Não há salvação para juiz covarde”. Por Joaquim de Carvalho
Publicado por Joaquim de Carvalho - no DCM - 19 de dezembro de 2018 . Em um artigo publicado em 1899, “O Justo e a justiça política”, Rui Barbosa escreveu que o Brasil poderia ter tribunais de sobra, mas jamais teria justiça, se o dever se ausentasse “da consciência dos magistrados”. No mesmo texto, comparando a ação do juízes da época ao julgamento de Jesus Cristo, ele disse que juízes que não têm coragem de decidir conforme a lei e a própria consciência são como Pôncio Pilatos. “O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde”, escreveu. Nesta quarta-feira, 19 de dezembro, dois juízes brasileiros se destacaram. Um, Marco Aurélio Mello, pela coragem de tomar uma decisão coerente com um princípio constitucional, o da presunção de inocência. O outro, José Antônio Dias Toffoli, pela covardia.