Mesmo como bagaço, Cunha ajuda Temer
. Paulo Moreira Leite - 7 de Julho de 2016 Não precisamos nos enganar. Em julho de 2016, a renúncia do suíço Eduardo Cunha é um gesto que atende à necessidade urgente de Michel Temer de elevar o grau de legitimidade de um governo nascido de um impeachment sem prova de crime de responsabilidade. Cunha já cumpriu o papel que podia desempenhar, articulando o afastamento de Dilma, e agora pode ser dispensado como o bagaço de uma laranja. Renunciou à presidência da Câmara. Não tem a menor garantia de que poderá conservar o mandato. Provavelmente o mais odiado político brasileiro em atividade, o acúmulo de denúncias comprovadas contra Cunha tornou-se uma forma de humilhar o cidadão comum.