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Mostrando postagens de dezembro 1, 2015

Multidão, a democracia como potência.

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Entrevista especial com Homero Santiago UNISINOS - 07/12/2015 “O sábio é ‘mais livre na cidade’, e de toda a filosofia espinosana decorre uma valorização da vida citadina, que é afinal de contas onde podemos estabelecer algo comum”, propõe Homero Santiago Em  Brasília , o parlamento — ou, se preferir, a casa do povo — é tomado por sujeitos de terno e gravata, eleitos conforme as atuais regras democráticas e munidos de suas retóricas. Lá, a democracia é disciplinar e funciona no fio da navalha entre a legalidade constitucional e a chantagem política. Uma outra democracia, que se constitui a partir de outro paradigma, emerge em  São Paulo , com cadeiras no meio das avenidas e com o peso dos cassetetes como vassouras. Enquanto a casa do povo é cheia de ritos, a rua é plena de liberdades. “A escola pública  nasceu vinculada à ideia de povo, uma escola popular (um ideal da revolução francesa), mas justo aí esconde-se o ardil: a escola é um dos mais eficazes instrumentos de p

Franceses preferem conservadores à extrema-direita

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No caso do um hipotético duelo entre a direita e a extrema-direita durante o segundo turno das eleições regionais, a maioria dos franceses diz votar na opção conservadora, de acordo com pesquisa publicada nesta segunda-feira (7). Idoso coloca voto em urna na França Cerca de 59% dos franceses prefeririam a aliança entre o partido conservador Os Republicanos e a União de Democratas Independente, enquanto que 41% votaria na Frente Nacional, de extrema-direita, segundo a pesquisa do instituto Odoxa, realizada para alguns meios de comunicação franceses. A Frente liderou no domingo (6) o primeiro turno, ao obter 28% dos votos, de acordo com estimativas divulgadas pelo Ministério do Interior. Os Republicanos e sua aliança com a UDI obtiveram 27%, enquanto o Partido Socialista obteve 23,5%. A formação Europa-Ecologia-Os Verdes obteve 6,5% e a Frente de Esquerda 4,1%. A abstenção passou de 49%.

A escravocracia brasileira não tolera mais Dilma Rousseff

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O lucro do setor financeiro no Brasil foi duas vezes maior que os gastos do Bolsa Família. Ainda que pratique o ajuste, Dilma é o alvo a ser abatido. Martín Granovsky - para o Página/12 - na Carta Maior - 07/12/2015 . A América do Sul é um jogo de possibilidades e também de limites. Uns e outros funcionam ao mesmo tempo e nada é tão simples quanto parece. Para ninguém.   O presidente eleito Mauricio Macri sentiu essa máxima na própria carne durante a última semana. Também já enfrentaram essa mesma sensação alguns presidentes que já passaram pelo batismo do primeiro mandato, como Dilma Rousseff, Tabaré Vázquez, Evo Morales e Michelle Bachelet.   Macri ainda tem a ventagem de sua falta de rodagem. Novinho e sem arranhões, o zero quilômetro macrista sairá da concessionária somente na quinta-feira, dia 10, quando assumir o mandato.   Macri é também um sujeito abençoado pelo establishment de todo o mundo para terminar com a onda de horríveis populismos que castigam a região d

A Globo não esperava: fiel reza contra o golpe no dia da padroeira da Justiça

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POR  FERNANDO BRITO  · 07/12/2015 . Do Facebook de Jandira Feghalli, o vídeo que a Globo não esperava transmitir: na véspera do dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Justiça, uma fiel é perguntada pela razão de estar rezando, tão contrita. E responde: estou rezando pela Democracia no Brasil, para que não haja um golpe contra Dilma Rousseff. Corta rápido para a repórter, completamente sem graça.

Hoje, na TV Brasil, programa analisa processo de impeachment

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Entenda os fundamentos jurídicos do pedido destituição do mandato da presidente Dilma  Por Luis Nassif - 07/12/2015   O pedido de impeachment contra a Presidente Dilma Roussef, protocolado na Câmara dos Deputados e aceito, na última semana, pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha divide especialistas da área do direito.    Para discutir de forma aprofundada os fundamentos do processo e o ponto de vista de especialistas, Luis Nassif recebe  hoje (07 ), no Brasilianas.org, exibido a partir das  23h , na  TV Brasil , o advogado eleitoral,  Alberto Rollo , o advogado criminalista  Roberto Delmanto Jr. , o professor de direito Constitucional da PUC-SP,  Luiz Tarcísio Teixeira Ferreira , e o vice-líder da bancada do PT na Câmara, deputado  Wadih Damous . Não Perca e participe encaminhando perguntas que poderão ser selecionadas.  Clique aqui .   Como o programa é gravado antes de ir ao ar, receberemos as perguntas até às 15h.   Clique aqui   e saiba como sintonizar o

Síria protesta na ONU contra ataque dos EUA às instalações do Exército do país árabe

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. Sputnik News - 07/12/2015 O Ministério das Relações Exteriores da Síria enviou nesta segunda-feira (7) um protesto oficial ao Conselho de Segurança da ONU pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA a instalações do Exército sírio em Deir ez-Zor, noticiou a agência SANA. “A Síria condena veementemente o ato de agressão pela coalizão liderada pelos EUA, que contradiz a Carta das Nações Unidas sobre seus objetivos e princípios. O Ministério das Relações Exteriores enviou cartas ao Secretário-Geral da ONU e ao Conselho de Segurança das Nações Unidas”, relatou a pasta em nota.

Fraude: Cade investiga bancos por manipulação do real

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Suposto esquema seria operado por instituições estrangeiras como Citigroup, HSBC, JP Morgan Chase, Merril Lynch e Morgan Stanley, entre outras por Carlos Drummond — na Carta Capital - publicado 07/12/2015 . Com queda recorde de participação no  PIB  e nas exportações, fragilizada pela inexistência de uma política consistente para o setor e vítima das falácias de uma presumida era pós-industrial, a manufatura brasileira talvez tenha se tornado vítima da maior trapaça da história dos negócios no País. O suposto golpe, investigado desde julho pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, é a manipulação da taxa de câmbio  Ptax por um cartel de 15 bancos estrangeiros, de 2007 até 2011, quando o ex-ministro  Guido Mantega determinou a cobrança de  IOF  de até 25% sobre derivativos no mercado futuro de dólar para “reduzir as posições vendidas em excesso”.  O esquema dos bancos golpeou em cheio cerca de 800 das 1,3 mil grandes indústrias, responsáveis por 90% das exportaçõe

Pareceres contestam pedido de impeachment contra Dilma

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. 7 de dezembro de 2015, - no Conjur Dois novos pareceres se posicionam contra a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de aceitar o processo de impeachment   contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Em um deles, os juristas Juarez Tavares e Geraldo Prazo afirmam que abrir o processo sem ouvir a presidente é inconstitucional. No outro, a jurista Rosa Cardoso afirma que o pedido de  impeachment recebido por Cunha não tem consistência. Para ela, a ação é uma retaliação ao apoio do PT à abertura de processo contra ele no Conselho de Ética. Os dois pareceres foram elaborados a pedido da defesa da presidente Dilma, coordenada pelo advogado Flavio Crocce Caetano, ex-secretário de Reforma do Judiciário. Ele também foi o coordenador jurídico da campanha da reeleição de Dilma, em 2014. Cunha deu seguimento à petição protocolada pelo advogado Helio Bicudo, ex-procurador de Justiça, ex-vice-prefeito da gestão Marta Suplicy em São Paulo e ex-petista.

Lula diz que motivações do impeachment são ódio e preconceito

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. Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil - 07/12/2015 O ex-presidente Luiz Inácio da Silva disse hoje (7) que a motivação por trás do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff é ódio. “O impeachment faz parte um processo democrático, mas o impeachment tem que ter uma razão, uma motivação. No caso da Dilma, não tem nenhuma motivação, nem razão a não ser ódio, a não ser preconceito”, ressaltou em discurso, ao participar de um encontro de articulação de movimentos sociais e centrais sindicais contra o impedimento. As lideranças sindicais e da sociedade civil devem passar o dia reunidas e anunciar à noite uma agenda de manifestações contra a destituição da presidenta. O processo começou a tramitar na semana passada, quando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha acolheu o pedido elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Os nomes dos deputados que vão compor a Comissão Especial que vai analisar o pedido devem ser a

André Araújo: A urgência do combate ao desemprego

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O desemprego na Alemanha em 1932 chegou a 40% e criou as condições para que os nazistas ganhassem o poder nas eleições de Janeiro de 1933. Na mesma Alemanha, em 1923, a inflação chegou a muito mais que 1.000% ao dia e não causou quebra das instituições da República de Weimar e nem agitação de rua. Por André Araújo*   No ano seguinte, o economista Hjalmar Schacht, com um plano simples acabou com a hiperinflação, mas para acabar com o desemprego foi muito mais difícil em 1933, só a preparação bélica da Segunda Guerra é que fez a taxa baixar a zero. A inflação é tolerável, o desemprego não. Programas dirigidos ao emprego precisam ser implantados com urgência, nenhum governo pode ficar impassível com o desemprego porque este é combustível de crise social e desta para a crise política que inevitavelmente leva à convulsão social e desta se segue um governo autoritário de salvação, que pode ser rotulado como DITADURA. A inflação ao contrário é curável por métodos relativamente simples

Cunha é o calcanhar de Aquiles do golpismo

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POR  FERNANDO BRITO  · 06/12/2015 . É importante a batalha jurídica contra a absoluta inépcia do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. É indispensável a luta para ficar com a maioria do PMDB, diante do poderio do Presidente da Câmara e da posição dúbia de Michel Temer. Mas nada, nada é tão vital para enfrentar a tentativa de deposição quanto a identificação que o próprio Eduardo Cunha provocou entre o impeachment e sua indefensável condição. Pela primeira vez desde as eleições, a marca de Eduardo Cunha em suas testas coloca o  coxismo  na defensiva. Cunha é a rua contra o golpe.

Mauro Donato: O ano em que o Picolé de Chuchu deu lugar ao espancador de estudantes.

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Postado em   06 dez 2015 por :   Mauro Donato Cacique Cobra Coral Por mais que tenha buscado, e obtido temporariamente, um alinhamento das grandes redes de jornais e TVs com seu plano de ‘reorganização’ das escolas, mesmo com os telejornais contornando a realidade a seu mando, a operação abafa de Geraldo Alckmin fracassou. Claro, estamos em 2015, século 21. Só o governador e seu mumificado estafe parecem não saber disso. Mais uma vez as mídias independentes acompanharam, apuraram e noticiaram informações e imagens das manifestações dos estudantes e a agressividade pré-histórica da Polícia Militar. A verdade transbordou e alcancou a todas as camadas da população. Daí não tem mais jeito, até o mais Homer Simpson dos telespectadores tem perfil nas redes. Deu-se então uma pesquisa, Alckmin tomou um susto e recuou instantaneamente. A medida tomada de cima para baixo, na base da canetada, sem consultar nem explicar voltou-lhe amarga pelo esôfago.

Lava Jato: surge nova denúncia de irregularidade

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6 de dezembro de 2015 Marcelo Auler Marcelo Auler O que desde julho/agosto era falado em conversas em “off”, papos de corredor, e chegou a ser dito até por um sindicalista boquirroto, que um dia se vangloriou de ter denunciado a situação a membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mas, no dia seguinte, garantiu jamais ter comentado o assunto,  hoje encontra-se oficializado. Em dois depoimentos – o primeiro em Brasília, o outro em Curitiba, nesta última semana – a delegada federal Tânia Fogaça, da Corregedoria Geral (Coger) do Departamento de Polícia Federal (DPF), registrou que policiais da Força Tarefa da Lava Jato tentaram obter dados sigilosos de pessoas com foro privilegiado. Tudo sem a autorização da Justiça Federal. Juiz José Orlando Bremer: “se meu alvará foi usado na Lava Jato, fui traído” – foto – site da POlicia Militar (PR) Para tal, utilizaram um Alvará que o  juiz estadual José Orlando Cerqueira Bremer, ainda na Vara Criminal de Pinhais, município vizinho

Assad: Ataques britânicos na Síria são 'apoio ao terrorismo'; Rússia 'protege a Europa'

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. Sputnik News - 06/12/2015 Aviação russa combate terrorismo na Síria Os ataques aéreos realizados pelo Reino Unido contra o Daesh (também conhecido como Estado Islâmico) na Síria são "ilegais" e constituem "um apoio ao terrorismo", segundo disse o presidente sírio, Bashar Assad, em entrevista ao Sunday Times neste domigo (6). Por outro lado, ele elogiou a intervenção dos russos, que "compreenderam bem" a questão. "Será prejudicial e ilegal, e será um apoio ao terrorismo", disse Assad, em referência aos bombardeios autorizados pelo parlamento britânico na última quarta-feira (2). "Não se pode derrotar (o Daesh) somente com bombardeios aéreos. Não se pode derrotá-lo sem cooperar com tropas em terra. Não se pode derrotar se não tiver a aprovação do povo e do governo sírios", reiterou o chefe de Estado.

Fernando Brito: Não deixe o ódio entrar em você

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POR  FERNANDO BRITO  · 06/12/2015 . O ódio, como um vírus, espalha-se numa sociedade sem que a gente saiba como pará-lo, embora saiba bem quem são os mosquitos que os conduzem. E como este infelizmente famoso  zika , tende a produzir microcefalia não em fetos, mas em marmanjos. Nesta questão das armas, vivemos um surto e não faltam microcéfalos a propagar a estupidez de que a paz se alcança o dia em que todo mundo puder ameaçar o outro com um tiro. Anteontem aqui se postou o rapazote que, na falta de ocupação que tenha valia, posa com uma arma de atirar bolotas de tinta para dar apoio à ideia do armamento geral.

Quem é quem no jogo do impeachment

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O acolhimento do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff motivou posicionamentos diferenciados entre os setores do campo progressista. Por Najla Passos - na Carta Maior - 26/12/2015 . O acolhimento do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), motivou posicionamentos diferenciados entre os setores do campo progressista brasileiro. Os principais movimentos sociais e sindicais do país defendem a permanência da presidenta no cargo, mas entre os partidos tidos como de esquerda que não compõem a base do governo, há divergências fundamentais. O PSOL mantém suas duras críticas à política adotada pelo governo federal – em especial a econômica. Mas não se associa aos setores conservadores que reivindicam o impeachment da presidenta e defende o exercício do mandato por quem foi democraticamente eleita pelo povo para fazê-lo. Para o PSOL - autor do processo que pede a cassação do presidente da Câma

Emir Sader: A disputa é pelo Estado

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Depois da profunda crise no centro do capitalismo, vinda do mercado sem controle, a direita não pôde seguir com a apologia ao mercado. Mas segue na busca por minar o Estado e seu poder de personificar projetos nacionais . por  Emir Sader - na RBA Desde que Ronald Reagan difundiu a fórmula de que “O Estado deixou de ser a solução para se tornar o problema”, não se deixou de acentuar a luta pelo Estado. Para minimizá-lo ou para fazer com que continuasse a ter um papel ativo na economia e na sociedade. A partir desse momento, o Estado se transformou em um tema central no debate de ideias. Foi demonizado, responsabilizado pela inflação, pela ineficiência dos serviços públicos, pela corrupção, pela drenagem dos recursos das pessoas tirados via impostos para gastos com burocracia. Como contraponto, se passou a exaltar a empresa e o mercado, como tudo o que é dinâmico, os empresários como os heróis da economia, temas de biografias e autobiografias.

Paulo Nogueira: Aécio evoca a instabilidade que ele mesmo cria para justificar o golpe.

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Postado em   06 dez 2015 por :   Paulo Nogueira Demagogo e golpista Aécio é uma pândega. Ele fala coisas que nada têm a ver com o que ele próprio faz. Na campanha, como um papagaio passou a usar a palavra “meritocracia”. Ora, Aécio jamais praticou a meritocracia. Encheu o governo de Minas de parentes, amigos e assemelhados. A eminência parda de suas gestões foi, meritocraticamente, sua Andrea, aquela que dava dinheiro público de publicidade oficial para a mídia amiga e sufocava à míngua a mídia independente. Sua própria trajetória é a negação da meritocracia: Aécio ganhou tudo de bandeja – de empregos a votos – por ser integrante de uma oligarquia mineira. Bem, fiel a sua tradição de falar coisas absurdas, ele agora declarou, em tom acusatório e olhando para Dilma, que há muita instabilidade no Brasil. Ora, ora, ora.

“Não vamos aceitar que a Constituição seja rasgada,” diz Flávio Dino

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Vermelho.org - 6 de dezembro de 2015 - 13h15  “Não vamos aceitar que a Constituição seja rasgada,” diz Flávio Dino em coletiva neste domingo (6) com Carlos Lupi e Ciro Gomes (PDT) Em coletiva neste domingo (6), o governador do Maranhão (PCdoB), Flávio Dino, o ex-ministro Ciro Gomes e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, lançaram o movimento nacional em defesa da Constituição e da estabilidade democrática no Brasil: “Golpe nunca mais”, na defesa das regras democráticas estabelecidas na Constituição de 1988. Juntos, os três convocaram as lideranças políticas e sociais do país para defender a tentativa de golpe institucional. “Classificamos claramente como golpe a tentativa de impeachment da presidente da República porque não há base constitucional para que isso aconteça”, disse o governador. Segundo ele, é preciso respeitar as regras democráticas para que o Brasil supere os problemas sociais decorrentes da crise econômica.

O que Tancredo diria a Eduardo Cunha, por Fernando Morais

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POR  FERNANDO BRITO  · 06/12/2015 . A frase clássica de que a história se repete – a primeira vez, como tragédia; a segunda. como farsa – acaba de marcar mais um triste ponto em sua trajetória de profecia. Lendo o artigo de Fernando Moraes, hoje, na  Folha ,é inevitável pensar em o quanto o neto é menor que o avô. O dia da infâmia Fernando Morais, na Folha Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura. Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de “Canalha! Canalha!”.

Chico Buarque - Carioca ao Vivo

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Janio de Freitas: Um poder marginal

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. Por Janio de Freitas - na Folha - 06/12/2015 - 2:00 É pouca –se houver alguma– a percepção de que já estamos fora do regime democrático. É a realidade, porém. Está negada a validade do sistema jurídico, essencial no regime democrático, que tem por base o respeito aos direitos fundamentais e aos deveres a que estão sujeitos não só cidadãos em geral, mas também os ocupantes dos poderes constituídos. A situação da atual Câmara dos Deputados foge aos seus deveres e responsabilidades constitucionais. Estar sujeita à condução de um parlamentar a quem são imputados vários atos criminosos já configura anomalia incompatível com a condição de Poder Legislativo. Assim conduzida, a Câmara dos Deputados sequer consegue que o seu Conselho de Ética opine sobre ser admissível, ou não, uma investigação superficial das acusações de delinquência e crime ao presidente da Casa.

Paulo Nogueira: Como Dilma poderia fazer mais do que fez sendo sabotada desde antes de assumir o novo mandato?

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Postado em   05 dez 2015 por :   Paulo Nogueira O momento de avaliá-la foi em outubro de 2014 Dilma está sendo bombardeada muito além da conta. Me chamou a atenção o número de artigos em que pessoas que condenam o impeachment fazem questão de dizer que Dilma vem fazendo um governo péssimo e é irremediavelmente incompetente. Um momento. Gostaria de saber quais as razões concretas por trás dessa avaliação. Dilma, a rigor, fez um mandato. Se os brasileiros não aprovassem seu desempenho ela não teria sido eleita. Isto é fato. Para colocar em contexto, ela venceu em circunstâncias extraordinariamente adversas, o que dá ainda maior legitimidade à vitória. A imprensa fez tudo o que podia para sabotar sua candidatura. Aécio foi escandalosamente favorecido. A imprensa tratou-o como  seu  candidato. Dilma foi, em todos os momentos da campanha, massacrada por jornais, revistas, telejornais. O caso da Petrobras veio para liquidá-la.