A anistia aos Estados e a boca de urna com dinheiro público, por Edivaldo Dias de Oliveira

GGN - Por Edivaldo Dias de Olveira
E se...
Uma boca de urna de R$ 50 bilhões em dinheiro público?
....o Estado de Calamidade Pública decretado pelo governador do estado do Rio de Janeiro não tiver passado de uma armação*, uma pantomima** para atrair os demais governadores a aceitar tomar parte na campanha a favor do impitimam, pressionando os senadores de seus estados a votar com Temer em troca desse “adjutório” que na verdade é um “trem da alegria”, que tem se tornado marca registrada do “austero” – quanta aspa, não! – Governo golpista?
Ora, de que outra forma se poderia fazer isso se não dando a esse Trem a aparência de coisa legal e justa?

Quem mais se prestaria a desempenhar tal papel, se não álguem já no fim de carreira em todos os sentidos, que a exemplo do golpista do planalto, embora não da mesma forma, assumiu o governo sem que para isso tenha tido um só voto?
O governador em exercício do Rio é do tipo que já nasceu respirando política, na maior parte das vezes da pior espécie; é um velho velhaco*** em seus 85 anos, do tipo que se finge de morto prá comer o coveiro e membro de um partido que está à direita da direita da direita.
É do conhecimento de tod@s, as dificuldades de toda ordem, porque passam todos os estados da Federação, o Rio não foge a regra.
Sabe-se também que “Estado de Calamidade” não se aplica ao caso em que o mesmo foi decretado no Rio de Janeiro, razão mais que suficiente para ligar o desconfiômentro.
Não conta aqui, a favor dos golpistas, o fato de entre os governadores que receberão ajuda, constarem alguns gatos pingados petistas e pró Dilma, que receberão tal ajuda, pelo contrário, tal fato até dá uma aparência de legitimidade a Boca de Urna.
Não dá para responsabilizar a queda do preço do petróleo como a principal responsável pela crise do RJ, pois nem todos os estados recebem os tais royaltes nas mesmas proporções, mas todos enfrentam quase os mesmos problemas.
A medida tomada pelo presidente golpista é claramente uma afronta ao processo de impitimam em curso, pois caracteriza campanha eleitoral, boca de urna com dinheiro público, em desfavor, prejuízo da outra parte, sua adversária política. O presidente golpista tripudia sobre a Comissão Processante, sobre o senado e sobre o presidente do processo, ao carrear dinheiro público para fazer campanha eleitoral às escancaras na cara de Lewandowski, principalmente.
Cabe portanto que tal medida seja questionada, não só junto ao STF com seu passo de cágado, mas junto ao presidente do processo de imptimam pelos membros da comissão contrários ao mesmo, ou mesmo pelo advogado de defesa da presidenta e que este acate liminarmente  suspendendo tal acordo até que o processo de impitmam esteja encerrado, do contrário, abre-se a porteira para que os vagões das prefeituras sejam engatados a locomotiva dos estados como já se ouve falar abertamente.
Que as duas partes façam o corpo a corpo junto a senadores, governadores e prefeitos para garantir seus interesses, me parece razoável, mesmo que para isso utilizem a infra estrutura oficial disponível, como equipamentos e pessoal para deslocamentos, é do jogo. Agora, que uma das partes assalte o tesouro, para distribuir benesses em troca, claramente como é o caso, de apoio político, ou melhor, eleitoral, isso é um despropósito, uma violência e uma forma desleal de disputa. 

Se nenhum estado entrou em default até agora, não é por causa de mais 60 dias que isso vai acontecer. Que cada parte apresente suas propostas para equacionar tal questão junto aos governadores. Particularmente, gostaria de ver Dilma propondo um novo pacto federativo aos estados em que a autonomia de cada um estivesse diretamente relacionada com a transparência, autonomia e participação da população através de suas organizações na gestão da coisa pública.

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