Tijolaço: “Calça arriada” de Bolsonaro a aliados mostra a vergonha mútua

POR  · 12/10/2018


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Como o termo do título já consta das gírias consagradas, ao menos aqui no Rio, peço desculpas a quem não entendeu que “calça arriada” é o mesmo que enganar e trapacear.
João Doria se despencou de São Paulo, num jatinho, para fazer uma salvadora gravação com Jair Bolsonaro, na certeza de que alguém lhe vendeu que o ex-capitão ia botar o couro no fogo por ele. Pagou o mico, e talvez não só isso, e não não levou.
Quebrou a cara, mofou na mansão do playboy senil Paulo Marinho, que serve de estúdio bolsonarista e voltou para a Paulicéia tartamudeando a desculpa que o “Mito” estava indisposto, enquanto este , bem lépido e fagueiro, fazia mais uma de suas lives no Facebook.

Na esteira da “esnobada” de Dória, Bolsonaro aproveitou para mandar passear o seu apoiador Wilson Witzel, favorito-surpresa para o governo no Rio.
Esperavam o quê?
Bolsonaro não tem partido nem ideologia, tem apenas um projeto de poder pessoal e nem liga para ter o apoio de governadores de Rio ou de São Paulo; está se lixando.
Projetos personalistas precisam apenas do personagem e no fanatismo que este possa despertar.
A intelectualidade afetada, que vivia a chamar Brizola e, depois, Lula, de populistas vai – tomara que não, deus nos livre – ver agora o que é populismo e demagogia.
Doria e Witzel foram colocados por Bolsonaro na condição, perdão de novo, de duas bostas.
E – figurativamente, figurativamente… – na posição das mulheres de malandro da lenda, continuarão a derramar-se pelo macho que despreza.

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