Nassif: O general falou, e Barroso não piou
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Gilmar e Luis Barroso são dois Ministros falantes, cada qual com seu estilo, cada qual a seu talante, um com a rudeza bovina, outro com a fala elegante, um, direto, truculento, outro latino finório como são os novos-ricos que ocuparam Miami.
Falam muito, muito opinam, sempre falam, falam sempre, nunca se negam a falar, e se as frases aqui, eu misturo e embaralho é porque é o seu retrato, pulando de galho em galho, falando de déu em déu, jogando palavras ao vento, pontificando ao léu.
Dão palpite em política, em reforma trabalhista, Gilmar é mais detalhista, Barroso é orelha de livro, Gilmar é um garantista sempre em defesa dos seus; Barroso é o maneirista encobrindo o filisteu.
Ambos são candidatos a campeões do Supremo.
Mas quando um general produziu um terremoto, não contendo no discurso a incontinência verbal, o tosco saiu em viagem, o astuto encolheu e o país ficou esperando quem seria o campeão que sairia a campo em defesa da Constituição.
E coube a Marco Aurélio, Ministro que pouco opina fora dos autos sair em defesa da lei, confirmando, na prática, aquele dito veraz: aquele que fala muito, muito fala e pouco faz.
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