União Europeia sugere estímulo de 50 bilhões de euros e põe fim à austeridade fiscal

Bloco quer uma injeção de liquidez que impulsione a medíocre recuperação da economia europeia



O ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault (à dir.), é recebido pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas.
O ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault (à dir.), é recebido pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em Bruxelas. STEPHANIE LECOCQ EFE
“Não sou fanático por austeridade”, disse Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Europeia, na terça-feira. Nesta quarta, o Poder Executivo da União Europeia consumará uma guinada da sua política econômica que já foi adiada inúmeras vezes. Depois da austeridade receitada entre 2010 e 2013 (uma máquina perfeita de contração econômica nesses anos) e da política fiscal neutra desde 2014, a Comissão recomenda agora um estímulo de 0,5% do PIB da zona do euro, o que significa um pouco mais de 50 bilhões de euros (184,2 bilhões de reais), para impulsionar a medíocre recuperação continental. Bruxelas pede reformas que atraiam investimentos e levem a desonerações tributárias. Reivindica que os países com maior margem – Alemanha e Holanda à frente – gastem mais, e recomenda cautela a EspanhaFrança e Itália, as nações com maiores déficits e dívidas.

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