Juiz Moro monta a segunda garra da pinça do impeachment

Na posse, o irmão de Toffoli (que tem síndrome de Down) dá em Lula o beijo.
No post "Armado por Toffoli e Gilmar já está em curso a estratégia do impeachment" alertei que a estratégia consistiria em encontrar ligações entre a Lava Jato e a campanha de 2014. Ou seja, sinais de contaminação do Caixa 1 da campanha.
Agora já se tem o controle das duas garras da pinça.
Numa ponta, Gilmar Mendes com todos os documentos da prestação de contas do PT e da campanha de Dilma - auxiliado por um batalhão de técnicos do Banco Central, Tribunal de Contas da União e da Receita. Leia o post "Gilmar dá mais um passo em direção ao terceiro turno".

Na outra, o juiz Sérgio Moro, que ontem estendeu a quebra de sigilo das empresas de Yousseff para 2014.
Nem o PT nem o Palácio demonstram dispor de alguma estratégia defensiva. O Palácio não dispõe sequer de um conselheiro para transitar pelo mundo jurídico.  Se depender de ambos, a legalidade estará indefesa.
Como se recorda, o primeiro lance da jogada foi montado pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antônio Dias Toffoli, ao atropelar o regimento e montar um sorteio que – contra todas as probabilidades – jogou os dois processos no colo de Gilmar Mendes.
O sorteio foi montado menos de oito horas úteis após o final do mandato do conselheiro Henrique Neves e antes mesmo que os documentos da prestação de contas tivessem chegado ao Tribunal. Menos de meia hora depois de ser “sorteado” Gilmar Mendes tomou as providências para tornar irreversível o remanejamento dos processos.
Segundo o presidente do PT, Rui Falcão, o partido se cercou de todas as precauções para impedir dinheiro contaminado na campanha.
Além dos técnicos que o auxiliam na avaliação das contas, Gilmar conta com um conselheiro especial: o próprio Toffoli que já foi advogado do PT.
Não significa que o impeachment são favas contadas. Há muita água a rolar debaixo da ponte.
Mas significa que o jogo está armado e que, no mínimo, conseguirá paralisar por um longo tempo um governo que necessita de urgência para estabilizar a economia.
As informações sobre a ampliação do prazo de quebra de sigilo das empresas de Alberto Yousseff, foi dada hoje pelo O Globo.

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