Aécio Neves, o incrível candidato que encolheu, tenta salvar a lavoura em Minas

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Se havia alguma dúvida de que Aécio Neves está num nocaute técnico e de que isso são favas contadas no partido, ela foi dissipada com a mudança de endereço de um personagem fundamental em sua campanha e sua trajetória política.
Sua irmã Andréa, conselheira, braço direito, chefe da comunicação, coordenadora, mudou-se para Minas Gerais para evitar um desastre na candidatura de Pimenta da Veiga. De acordo com uma pesquisa do DataTempo, ele tem 21% das intenções de voto contra 34% do petista Fernando Pimentel.
O PSDB manda no estado desde 2003. Aécio governou MG por oito anos e elegeu seu sucessor, Anastasia.

Para presidente, a situação se complicou: Dilma aparece com 36%, enquanto Aécio mergulhou de 41% para 26,5%. Tudo indica que seus votos migraram para Marina Silva, que subiu de 4,8% para 20,5%.
A tentativa mais recente de reverter o quadro foi dizer que Marina plagiou seu programa no que tange a economia. Declara que “o Brasil não é para amadores” e que espera que o eleitor fique com suas propostas — “as originais”, em oposição às de Marina.
Perdeu apoio no Rio Grande do Sul e no Rio, onde membros do movimento “Aezão” — junção de Aécio com o governador Pezão, do PMDB — reconhecem que há dificuldade de “arrecadação de recursos”.
O PSDB não fica fora de um segundo turno presidencial desde 2002. Tudo indica — tudo indica — que esse recorde será quebrado agora.
Andréa Neves corre para tentar salvar a lavoura em Minas do incrível candidato que encolheu.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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