Povo não morde. Quem morde são os “coxinhas”
Autor: Fernando Brito
Prepare o seu coração, como cantava o figuraça Jair Rodrigues na “Disparada” de Geraldo Vandré.
A Copa começou ontem, com a convocação dos 23 do Felipão e hoje, com os protestos em São Paulo e os rodoviários no Rio.
Vamos ter uns dias agitados até lá e isso é normal.
Qual é o problema de o Brasil exibir suas misérias, se não falta miséria por aqui?
Burrice é a ideia “coxinha” de achar que não ter Copa seria a solução: tirando 1950, não tivemos Copa os outros 512 anos desde que Pedro Álvares chegou aqui, mas tivemos miséria, e muito maior, em todos eles.
Quem fica com vergonha dos pobres no Brasil é a direita, que gosta mais de um tapume que os encubra e de uma grade que os segregue de que de uma política que os promova.
Quando a rainha Elizabeth II esteve no Brasil, a ditadura tomou o cuidado de forrar de outdoors as margens da Avenida Brasil para Sua Majestade não ver as favelas.
O que há de diferente agora?
É que agora a mídia dá espaço aos pobres, critica as remoções de pobres, fica simpática aos reajustes salariais das categorias que protestam e até noticia morte de operário de construção civil na primeira página…
Engana-se quem acha que a maioria das pessoas não pode perceber e entender isso.
Mas se isso for dito.
Falta moradia? Falta.
Ficamos de Figueiredo a Fernando Henrique II, quase 20 anos, sem qualquer política habitacional popular que, mesmo antes, já capengava com o BNH.
Falta salário, transporte público (agora com o nome chique de mobilidade urbana), falta escola e falta saúde.
E quem está fazendo algo para melhorar isso?
E ainda quem não fez nada, nadinha, sobre isso em oito anos de poder absoluto?
Perguntar, às vezes, ofende, não é?
O povão entende. Não precisa calar a boca para torcer pelo Brasil.
Muito menos mandar polícia fazer o que bem entender, baixando o sarrafo.
Mas acho que não será por aí, ao menos no Rio e em São Paulo. Alckmin tá de Cantareira baixo e Pezão não dá chiliques como Sérgio Cabral.
Vão adotar o “muita calma nesta hora”.
Prepare o seu coração, como cantava o figuraça Jair Rodrigues na “Disparada” de Geraldo Vandré.
A Copa começou ontem, com a convocação dos 23 do Felipão e hoje, com os protestos em São Paulo e os rodoviários no Rio.
Vamos ter uns dias agitados até lá e isso é normal.
Qual é o problema de o Brasil exibir suas misérias, se não falta miséria por aqui?
Burrice é a ideia “coxinha” de achar que não ter Copa seria a solução: tirando 1950, não tivemos Copa os outros 512 anos desde que Pedro Álvares chegou aqui, mas tivemos miséria, e muito maior, em todos eles.
Quem fica com vergonha dos pobres no Brasil é a direita, que gosta mais de um tapume que os encubra e de uma grade que os segregue de que de uma política que os promova.
Quando a rainha Elizabeth II esteve no Brasil, a ditadura tomou o cuidado de forrar de outdoors as margens da Avenida Brasil para Sua Majestade não ver as favelas.
O que há de diferente agora?
É que agora a mídia dá espaço aos pobres, critica as remoções de pobres, fica simpática aos reajustes salariais das categorias que protestam e até noticia morte de operário de construção civil na primeira página…
Engana-se quem acha que a maioria das pessoas não pode perceber e entender isso.
Mas se isso for dito.
Falta moradia? Falta.
Ficamos de Figueiredo a Fernando Henrique II, quase 20 anos, sem qualquer política habitacional popular que, mesmo antes, já capengava com o BNH.
Falta salário, transporte público (agora com o nome chique de mobilidade urbana), falta escola e falta saúde.
E quem está fazendo algo para melhorar isso?
E ainda quem não fez nada, nadinha, sobre isso em oito anos de poder absoluto?
Perguntar, às vezes, ofende, não é?
O povão entende. Não precisa calar a boca para torcer pelo Brasil.
Muito menos mandar polícia fazer o que bem entender, baixando o sarrafo.
Mas acho que não será por aí, ao menos no Rio e em São Paulo. Alckmin tá de Cantareira baixo e Pezão não dá chiliques como Sérgio Cabral.
Vão adotar o “muita calma nesta hora”.
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