O impacto das propinas nas eleições para governador de SP
DIARIO DO CENTRO DO MUNDO 6 DE AGOSTO DE 2013
O escândalo do metrô vai ser um assunto indigesto para Alckmin em sua campanha
E então aparece um nome graúdo do PSDB no caso das propinas da Alstom: Andrea Matarazzo.
A Polícia Federal indiciou Matarazzo, segundo a Folha.
Andrea Matarazzo, hoje vereador pelo PSDB de São Paulo, ocupou posições importantes sob a presidência de FHC e nos governos de Serra e Alckmin.
Ele nega, e seria de estranhar que admitisse.
Agora finalmente a mamata parece que chegou ao fim, e também a impunidade abjeta que a marcou.
Depois de anos de corrupção milionária admitida pelos corruptores de multinacionais como Siemens e Alston, e não investigada nem pela justiça e nem pela mídia brasileira, os fatos emergem, sob a pressão da opinião pública que encontrou na internet uma forma de se manifestar.
Andrea Matarazzo em dias mais festivos
O escândalo das propinas do metrô é uma tragédia para a imagem do PSDB, da justiça e da mídia.
Como, diante de tantas evidências fornecidas pelas próprias empresas, nada foi feito?
As primeiras denúncias fundamentadas são de 2008. Cinco anos depois, não fosse a própria Siemens admitir a formação de um cartel para ganhar licitações do metrô, tudo estaria do mesmo jeito.
Serra chegou a dizer que as denúncias eram “coisa do PT”, e a imprensa se limitou a publicar isso em vez de fazer a lição de casa.
É horripilante que Robson Marinho – uma espécie de braço direito de Covas – esteja ainda hoje no Tribunal de Contas do Estado, pelo qual é pago (20 000 reais por mês) para, pausa para risada, fiscalizar contas.
Onde estava a defesa do interesse público pela mídia?
Há uma lógica estranha nas redações das grandes corporações: corrupção é nada se envolve os amigos e tudo se diz respeito aos outros.
Quanto o caso pode minar a candidatura de Alckmin a um novo mandato em 2014 está em aberto.
Mas os paulistas terão uma excelente chance de mostrar que querem uma forma nova de fazer política.
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