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Mostrando postagens de junho 10, 2019

Ataque a indígenas em Caarapó, há três anos, foi articulado por Whatsapp

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Conversas no aplicativo mostram como fazendeiros planejaram a violência, em junho de 2016 Igor Carvalho De olho nos ruralistas, no Brasil de Fato -16 de Junho de 2019 às 16:35 Parentes velam Clodiode. / Ana Mendes/Cimi Dia 14 de junho de 2016, por volta de 8 horas: aproximadamente 70 pessoas, distribuídas em 40 camionetes, chegam até a sede da Coamo em Caarapó, no Mato Grosso do Sul. Nas dependências da maior cooperativa agroindustrial da América Latina, um dos principais atores do agronegócio brasileiro, homens circulam e conversam em rodinhas. A movimentação anormal chama a atenção dos trabalhadores que circulam pelo local. Quase duas horas depois, o grupo parte em comboio. Nas caçambas dos veículos, homens sacam suas armas e vestem capuzes. Alguns minutos mais tarde estaria consumado o episódio conhecido como “Massacre de Caarapó”, que resultou na morte de um indígena e levou outros seis para o hospital. O grupo de 70 pessoas que ocupava as camionetes formou-se a pa

Nassif: Xadrez dos preparativos para a luta final

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Por Luis Nassif - no GGN - 16/06/2019 . Vamos a uma rodada de Xadrez, em cima de notícias atuais pós-Intercept. Leve em conta o extraordinário dinamismo dos fatos para não tirar nenhuma conclusão definitiva. Vale para entender os movimentos e as contradições do jogo. Peça 1 – decreto das armas e milícias Já havíamos antecipado há meses que o armamento da população fazia parte da estratégia dos Bolsonaro de criar suas milícias particulares, ampliando o poder de seus aliados, milícias, empresas de segurança privada, ruralistas dos confins. A cada dia que passa amplia-se o isolamento de Bolsonaro. No início do governo, a arca de Noé era composta por negocistas, militares da reserva, fundamentalistas e pelas supostas “âncoras” Sergio Moro e Paulo Guedes. Os negocistas se afastaram ou foram afastados, e passam a orbitar em torno de João Dória Jr . A saída do general Santa Cruz sela o fim da parceria com os militares. A foto simbólica do general Villas Boas – princip

TIB: A LAVA JATO USOU O JUDICIÁRIO PARA FINS POLÍTICOS

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. Por João Filho - no The Intercept Brasil - 16/06/2019 SUSPEITAVA-SE  que a Lava Jato era um grupo político articulado entre membros do Ministério Público e o judiciário. Os indícios apontavam um conluio entre procuradores e um juiz que atuava para influenciar o jogo político-partidário e manipular a opinião pública. Faltava o batom na cueca. Não falta mais. Os diálogos revelados pelo  Intercept  mostram que a Lava Jato desfilava como uma deusa grega da ética na sociedade, mas atuava à margem da lei na alcova. Em nome do combate à corrupção, o conluio atropelou princípios jurídicos básicos e arrombou o estado de direito. As provas são tão explícitas que não há mais espaço para divergências. A Lava Jato usou indevidamente o aparato jurídico para atender interesses políticos. O Código de Ética do Ministério Público, o estatuto da magistratura e a Constituição foram todos burlados. É um caso claro de corrupção. Durante o processo que levou um ex-presidente para a cadeia

“Estarrecedor”, diz defesa de Lula sobre Moro e MPF tramarem ataque na mídia

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Foto: Ricardo Stuckert Por Jornal GGN - 15/06/2019 A defesa do ex-presidente Lula publicou uma nota reagindo às novas conversas divulgadas pelo Intercept Brasil, na noite de sexta (14). Mensagens trocadas entre Sergio Moro e os procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima mostram que o então juiz solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que elaborassem uma nota atacando o depoimento de Lula em Curitiba, no caso triplex. Moro justificou que a manifestação era necessária para fazer contraponto ao “showzinho” dos advogados de Lula, e também para evidenciar, junto à grande mídia, as “contradições” do ex-presidente durante a oitiva. “É inimaginável dentro de um Estado de Direito que o Estado-juiz e o Estado-acusador se unam em um bloco monolítico para atacar o acusado e seus advogados com o objetivo de impor condenações a pessoa que sabem não ter praticado qualquer crime”, escreveram os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins. Leia, abaixo,

Jornalista da Globo que deu Bíblia de presente a Bolsonaro tem filha com cargo na Secretaria-Geral da Presidência

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por Kiko Nogueira - no DCM - 15 de junho de 2019 Delis Ortiz, da Globo, presenteou Bolsonaro com um Bíblia (Foto: Marcos Corrêa/PR) Todos os jornalistas da Globo são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros. No fim do café da manhã com Bolsonaro na sexta, dia 14, a veterana Delis Ortiz, setorista do Planalto, pediu a palavra. Em nome dos colegas presentes, mas sem consultá-los, fez um agradecimento a Jair e entregou-lhe uma Bíblia. De acordo com o site Poder360, Delis agradecia o sujeito por finalmente receber os profissionais que cobrem o cotidiano da presidência. Alguns lembraram que outros presidentes realizavam, no máximo, apenas um café da manhã anual com esse pessoal, no período de Natal. Bolsonaro já organizou seis — o que seria, de acordo com a turma, razão bastante para puxar-lhe o saco em cenas dignas de fã de Luan Santana. A cobertura do convescote ficou a cargo do Planalto, que divulgou as fotos constrangedoras que acompanham este post. C

Greve geral: 'apenas o começo do processo de mobilizações contra Bolsonaro', diz professor

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© Sputnik / Sergei Monin Por Sputnik Brasil - 15/06/2019 - 00:22 Em mais uma grande ato de nível nacional contra as políticas do governo Bolsonaro, a Greve geral paralisou as vias de inúmeras cidades brasileiras nesta sexta-feira (14). A Sputnik Brasil acompanhou a manifestação no Rio de Janeiro e conversou com participantes da manifestação. Convocada por centrais sindicais e partidos de oposição ao governo, a greve geral mobilizou trabalhadores e manifestantes de ao menos nove estados no país. Segundo os organizadores, a reivindicação do ato é por mais empregos, defesa da educação e contra a reforma da Previdência. © SPUTNIK / SERGUEI MONIN Confrontos e repressão marcam atos contra Reforma da Previdência em todo o Brasil Para o professor de direito público da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Alexandre Mendes, que conversou com a Sputnik Brasil durante o protesto no Centro do Rio de Janeiro, os protestos deste 14 de junho representam uma