Ataque a indígenas em Caarapó, há três anos, foi articulado por Whatsapp
Conversas no aplicativo mostram como fazendeiros planejaram a violência, em junho de 2016 Igor Carvalho De olho nos ruralistas, no Brasil de Fato -16 de Junho de 2019 às 16:35 Parentes velam Clodiode. / Ana Mendes/Cimi Dia 14 de junho de 2016, por volta de 8 horas: aproximadamente 70 pessoas, distribuídas em 40 camionetes, chegam até a sede da Coamo em Caarapó, no Mato Grosso do Sul. Nas dependências da maior cooperativa agroindustrial da América Latina, um dos principais atores do agronegócio brasileiro, homens circulam e conversam em rodinhas. A movimentação anormal chama a atenção dos trabalhadores que circulam pelo local. Quase duas horas depois, o grupo parte em comboio. Nas caçambas dos veículos, homens sacam suas armas e vestem capuzes. Alguns minutos mais tarde estaria consumado o episódio conhecido como “Massacre de Caarapó”, que resultou na morte de um indígena e levou outros seis para o hospital. O grupo de 70 pessoas que ocupava as camionetes formou-se a pa