POR FERNANDO BRITO · 11/05/2019 . Embora o assunto esteja em quase toda a mídia, com a concentração de caminhoneiros marcada para o próximo dia 19, em Brasília, é disparado a melhor cobertura a que traz hoje a Folha, da repórter Heloísa Negrão , que foi ver, nos estacionamentos próximos aos terminais de cargas – sem deixar de reunir os números do setor – o que de fato está motivando a agitação dos transportadores de cargas. Ou, para muitos, ex-transportadores, porque já não conseguem, senão depois de muito tempo, contratos para encherem seus caminhões e sairem para as estradas. João Batista Rodrigues Alves, 47, de Fortaleza, no Ceará, conta que passou 14 dias na beira de uma estrada, em Belém, no Pará, quando aderiu ao protesto. Agora, porém, para por não ter que o fazer. Na segunda-feira (6), completava o quarto dia sem encontrar trabalho no Terminal de Cargas de São Paulo. Antes do serviço que o levou à capital paulista, ficara 18 dias em casa à espera de um frete.