Eles por Tereza Cruvinel - no Jornal do Brasil - 29/05/2018 Depois de quebrar a espinha do governo, que se rendeu em pânico no domingo à noite, atendendo a todos os pleitos, a greve caminhoneira persistia ontem, por vários motivos. Entre eles, a existência de focos seduzidos por agentes da extrema-direita com a pregação de que a resistência derrubará Temer e trará o golpe militar. Isso é real, sobram evidências. Outro motivo, a percepção de que o acordo negociado, apesar do custo altíssimo, é uma meia-sola, pois o problema voltará. Vai estourar no colo do próximo governo mas os candidatos a presidente se esconderam, fugiram do assunto. Mau sinal. A normalização da vida será lenta num país que esteve à beira do infarto, com as artérias vitais bloqueadas. Se o governo não tivesse errado tanto, a greve justa poderia ter sido mais curta, com menor custo e a restauração mais rápida. Houve a indiferença inicial aos pedidos de negociação, nos dias 14 e 16, depois a precipitação na