Serão tempos confusos, vertiginosos. Há muita informação em simultâneo, acompanhar o mundo é uma vertigem. A Internet acelera o processo, a cada dia há novidades, jornais que afirmam em nome de outros jornais, citações de citações. Por Ana Bárbara Pedrosa - no esquerda.net - 6 de Fevereiro, 2018 E a distância – física, cultural, de herança história – que nos separa pode dificultar o entendimento, enublar o imaginário. Mas o Médio Oriente está à distância de dois voos. Formulo a hipótese, eis-me lá um mês depois. No voo, uma excursão de brasileiros domina tudo, só se ouve português. Esperara eu a sensação de estranheza, e afinal o mundo torna-se pequeno, nada é muito longe. Aterro em Tel Aviv e amanhece enfim em Jerusalém. Entretanto, já fui revistada, já disse o nome dos meus pais, como se articula o meu, onde fica Guimarães, o que estou a fazer em Israel, a que cidades quero ir, se tenho um computador. E a que cidades quero ir? Jerusalém, Belém, Jericó, Ramallah, Hebron