Conheça os planos de Bolsonaro para destruir a Educação no Brasil

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Entre suas propostas, tem até classes especiais para negros e pobres


15/10/2018

As propostas de Bolsonaro para a Educação vão de classes especiais para negros e pobres a menos recurso para o ensino superior.
Seu plano de governo, suas declarações e as de seus assessores mostram um projeto de Educação para poucos, que volta ao passado e impõe a ideologia de um grupo – no caso, os militares.
Confira como deve ser a Educação para Bolsonaro. E tente não chorar…


1. Classes especiais para negros e pobres

Difícil de acreditar, mas é a mais pura verdade. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o general Aléssio Ribeiro Souto, assessor de Bolsonaro para a área da Educação, afirma que a política de cotas pode ser substituída por um “ensino adicional”, uma “complementariedade” para “correção de erros existentes”.
Ou seja, ele sugere classes de reforço para negros e pobres, algo muito similar ao apartheid.

2. Educação a distância a partir do ensino fundamental

Essa é a proposta do candidato para “baratear” os custos da Educação. Claro, porque o governo não precisará gastar com merenda, uniforme, nem mesmo com professor!
As crianças terão aula pela TV! Detalhe: a mãe ou o pai terão que parar de trabalhar para ficar com o filho em casa ou precisarão pagar para um cuidador. Fácil, né?
Ele ainda diz que isso será muito bom para os alunos das áreas rurais, que não conseguem chegar à escola.
Bolsonaro precisa se informar sobre o programa Caminho da Escola, que Haddad implantou quando era ministro, e que entregou ônibus, bicicletas e até lanchas para garantir que essas crianças fossem para a escola.

3. Foco nos colégios militares

Esses, sim, são caros. Sem entrar no mérito da qualidade do ensino, é preciso dizer que  implantar e manter um colégio militar pesa muito aos cofres públicos.
Bolsonaro diz que, em dois anos, haverá um colégio militar em cada capital. Mas não explica como conseguirá essa proeza.

4. Retrocesso curricular

Bolsonaro e sua equipe falam muito sobre uma reforma curricular. Mas vale ressaltar que de “reforma” não tem nada.
Trata-se de uma volta ao passado, com disciplinas como Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil, muito atreladas à ditadura militar.

5. Adoção de livros didáticos a partir da ideologia militar

O general Aléssio, assessor de Bolsonaro para a Educação, já disse que vai retirar da bibliografia das escolas livros que não contam “a verdade” sobre o golpe militar de 1964 – que ele chama de regime.
Bolsonaro não cansa de dizer que quer uma escola sem ideologia. Mas tem que deixar claro que é sem a ideologia dos outros. A dele pode.

6. “Repressão democrática” com polícia arrancando criança da escola

É claro que o professor deve ser respeitado em sala de aula e o Estado deve garantir isso. Mas não é com polícia tirando criança da sala de aula.
Sim, o general Aléssio disse que, nesses casos, “vai a polícia, leva as crianças e atua”.

7. Mudança no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)

Bolsonaro já disse: O ECA tem que ser rasgado e jogado na latrina. É um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil”.
Vagabundagem infantil???
O candidato, que ensinou os filhos a atirarem com 5 anos, também afirmou: “Encorajo, sim [o uso de arma de fogo para crianças]. Não podemos mais ter uma geração de covardes, de ovelhas. A realidade é muito diferente da teoria que está aí”.
E seu assessor general Aléssio disse que, nos presídios, haverá “um pavilhão de menores bandidos”. O crime organizado agradece.

8. Menos recursos para o ensino superior

Bolsonaro já disse que brasileiro tem “tara” por faculdade. Em seu plano de governo, afirma que é preciso retirar recursos do ensino superior.
General Alessio concorda e diz mais: apenas “os mais talentosos entre os pobres” merecem ir para a universidade.
Quais serão os planos dele para os demais?

Como se tudo isso já não fosse absurdo o suficiente, vai aqui uma faixa bônus:
 

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