"O velho e o mar", a redenção literária de Ernest Hemingway
Portal Vermelho - 22 de setembro de 2017 Reprodução A influência de Cuba em Hemingway não foi menor que a do escritor na ilha Em 1950, Ernest Hemingway era considerado pela crítica um escritor “acabado”. Morando em Cuba há dez anos, não publicava nada desde seu último romance de sucesso, Por quem os sinos dobram (1940). Uma década mais tarde, seu retorno literário com Na outra margem, entre as árvores (1950) foi mal recebida pelo público e pela crítica. Por Paulo Henrique Pompermaier As constatações de que se tratava de um romance muito emocional, estático e sem a precisão estilística característica de Hemingway magoaram o autor, que então se dedicou a escrever sua “obra-prima”. No ano seguinte, junto com os originais de O velho e o mar (1952), ele enviou um bilhete ao seu editor, em que dizia: “Eu sei que isso é o melhor que posso escrever na minha vida toda”.