Para o professor de economia da UERJ, Elias Jabbour, a recente redução das metas de inflação para 2019 e 2020, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é “a medida mais estratégica do golpe até aqui”. Segundo ele, a decisão aprofunda um modelo que, desde a implementação do Plano Real, “tem garantido a transferência de centenas de bilhões de reais da sociedade diretamente aos detentores da dívida pública”. Na última quinta, o CMN anunciou uma revisão para baixo na meta de inflação, algo que não acontecia há 14 anos. O centro da meta, que era de 4,5%, passará, em 2019, a ser de 4,25% e, em 2020, de 4%. A margem de tolerância foi mantida em 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. De acordo com Jabbour, a medida vai na “contramão da racionalidade” e deverá ter como consequência uma elevação de juros, ao primeiro sinal de maior aquecimento da demanda. Mesmo em um país que já pratica a mais elevada taxa real de juros do mundo. O resultado disso é redução dos investimentos e d