GOLPE REDUZIU RIQUEZA DOS BRASILEIROS EM 11%

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Estrago causado pela aliança entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), denunciado por corrupção, com Eduardo Cunha, condenado a 15 anos de prisão, para instalar Michel Temer, investigado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, foi gigantesco para os brasileiros; a conspiração do trio para colocar Temer no poder fez o PIB per capita cair 11% e serão necessários cinco anos para reconquistar a situação anterior, indica uma nova pesquisa

5 DE JUNHO DE 2017
247 - A tática de terra-arrasada articulada por Eduardo Cunha, Aécio Neves e Michel Temer para tirar Dilma Rousseff do poder derrubou a renda da população do País.
O PIB per capita dos brasileiros diminuiu 11% ao longo dos 11 trimestres da recessão iniciada no segundo trimestre de 2014, de acordo com cálculo da LCA Consultores. Isso explica em grande medida a sensação de perda de bem-estar, traduzida pela ainda baixa disposição da população em consumir, apesar do surgimento de alguns sinais de recuperação da atividade nos últimos meses.

"'Isso [a queda do PIB] gera uma queda de renda per capita para todas as pessoas, na média. Elas ficam menos capazes de consumir', diz o diretor da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getulio Vargas, Rubens Penha Cysne. Outro aspecto da crise que reduz a sensação de bem-estar das pessoas é a necessidade de mudar planos feitos na época em que a economia crescia fortemente.
'Antes de 2014, uma pessoa planejava um colégio para o filho e não conseguiu pagar, ou comprou um carro financiado e agora está desempregada. É o custo de bem-estar do ciclo econômico, que traz uma variabilidade na renda das pessoas que é bastante desagradável', explica o diretor da FGV.
Mesmo que se concretizem as projeções mais otimistas, o crescimento dos próximos cinco anos não será suficiente para elevar o PIB per capita ao nível em que estava antes da recessão, segundo a LCA. "Estamos falando de pelo menos mais cinco anos de uma recuperação que não vai trazer, em termos de renda e bem-estar, o mesmo nível que a gente observava antes da crise. É uma recuperação bastante fraca', prevê o economista Thovan Tucakov, da LCA."

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