L'Humanité: A direita do Brasil não digere o ciclo progressista
Uma maioria de deputados votou, neste domingo (17), pela destituição da presidenta de esquerda, Dilma Rousseff. A bola está, agora, com o Senado, e os apoiadores da chefe de Estado prometem continuar o braço de ferro nas ruas. Por Cathy Ceïbe, do L'Humanité Foto: Agência Reuters Até recentemente golpes de estado, na América Latina, levantavam com razão uma onda de indignação. E agora. Como será? Depois de Honduras, em 2009, e do Paraguai, em 2012, agora é o Brasil que está às voltas com um golpe de estado institucional, e os motivos oficiais são mais do que obscuros. Pode-se apostar que a ex-guerrilheira, que conheceu a prisão durante a ditadura militar (1964-1985), não renunciará às suas funções, a despeito das adversidades. E as direções dos partidos políticos que apoiam o Parido dos Trabalhadores, no poder, deverão se reunir nesta semana, da mesma forma como os movimentos sociais mobilizados nos últimos meses, em favor da democracia. Nada está escrito. A presidenta Di