Arábia Saudita: como inventar uma guerra
Oriente Médio A família real saudita corre o risco de mostrar ao mundo que seu país e não o Irã é a maior fonte de instabilidade na região por Antonio Luiz M. C. Costa —na Carta Capital - publicado 18/01/2016 O rei Salman luta para sabotar uma paz que o ameaça (AFP) C omo começou? Oficialmente, com a decapitação de 47 supostos terroristas pela Arábia Saudita no primeiro dia de 2016. A maioria deles era de sunitas (inclusive um egípcio e um chadiano) acusados de participar de atentados da Al-Qaeda na década passada, mas quatro eram sauditas xiitas que participaram dos protestos de 2011 e 2012 e um deles o xeque Nimr al-Nimr, o mais popular líder religioso dessa comunidade no país. Muitos jornais, inclusive o Guardian , erroneamente descreveram Al-Nimr como iraniano, mas ele nasceu e fez carreira religiosa em Al-Awamia, cidade saudita da Província Oriental, onde os xiitas são maioria. Estudou religião no Irã e na Síria e foi discípulo dos Grandes Aiatolás ira