O ódio político nacional, dos anos 50 ao século 21
De Getúlio até hoje, a mídia prega, manchete a manchete, o mesmo ódio, o mesmo maniqueísmo avassalador, o mesmo anticomunismo mais anacrônico. Luis Nassif - Jornal GGN No apartamento em rua tranquila do Leblon, Celina do Amaral Peixoto convive bem com seus fantasmas queridos. Além da agricultura sustentável seu foco maior é a recuperação da memória do avô Getulio Vargas e do pai, Ernâni do Amaral Peixoto, um dos políticos mais influentes da história política do estado do Rio de Janeiro. Acaba de enviar para a editora os escritos da mãe, uma espécie de Diário de Alzira Vargas. A mãe foi a mulher mais poderosa do país. No dizer de Walther Moreira Salles, “a filha dileta de um ditador amado”. No ataque integralista ao Palácio Guanabara, saiu de arma em punho nos jardins enfrentando os sediciosos. Era uma ligação tão forte entre pai e filha que, quando ela viajava, Getúlio se sentia mais só. E, após a morte do pai, Alzira só se pacificou depois que escre