Jimmy's Hall: Com os jovens fica a esperança
Este filme do mestre Ken Loach sugere que a ideia socialista continuará sempre viva no espírito, no coração e na generosidade dos jovens que chegam. Por Léa Maria Aarão Reis - na Carta Maior - 02/10/2015 Se fosse um texto, o filme inglês Jimmy’s Hall, do mestre Kenneth Loach, de 79 anos, um dos últimos ativistas e guerrilheiros de esquerda do cinema, seria uma nota ao pé da página. Mas que nota de pé de página. Com uma qualidade, um estilo, uma vivacidade e, sobretudo, com uma paixão pela vida, que torna este pequeno filme – um minicrônica, ou anotação – mais uma pérola desse cineasta britânico. Quando lançou Jimmy’s, em Cannes, este ano, Loach chegou a anunciar que era hora de parar de trabalhar. Depois, ao que parece, mudou de ideia. Havia sofrido uma grande queda de uma escada e pensou em se despedir da vida artística narrando a trajetória fascinante do personagem secundário da luta pela independência da Irlanda, James Gralton, líder comunitário de filiação comunista,