'A juventude do Afeganistão vai sucumbir ao soft power dos EUA'
De volta do Afeganistão, o documentarista brasileiro Wolgrand Ribeiro fala sobre a situação da juventude afegã e a influência dos EUA sobre ela. Maurício Thuswohl Rio de Janeiro – Prestes a completar 43 anos e há duas décadas radicado em Genebra, na Suíça, o jornalista e documentarista brasileiro Wolgrand Ribeiro tem larga experiência em regiões de conflito, forjada em coberturas e filmagens realizadas em locais como Bósnia, Palestina e Timor Leste, entre outros. De volta do Afeganistão, onde filmou o documentário Kaboul Song, uma tocante história sobre o retorno do cantor popular Ustad Arman a seu país de origem após 25 anos de exílio na Suíça, o brasileiro se diz impressionado com o abandono em que se encontram os afegãos e denuncia que, órfã de iniciativas culturais populares e influenciada pela rápida expansão das redes privadas de televisão no país, a juventude afegã já sucumbe ao soft power emanado da publicidade e dos americanizados programas de tevê.