Lôra recicla o lixo de uma elite que não sabe se reciclar
Autor: Fernando Brito No caderno de “Sustentabilidade” da Folha, a repórter Camila de Lira escreve uma história que raramente interessa à mídia brasileira. Porque trata de gente que raramente interessa à mídia brasileira: os pobres, muito pobres. É sobre o que faz e o que pensa Edmar Imaculada Matoso, a Lôra , catadora em São Paulo. Todos os dias sai de Guaianazes, a 30 km de distância, pega uma carrocinha puxada por ela mesma, e passa seis horas recolhendo materiais recicláveis, no centro e em bairros nobres de São Paulo. Os que passam de carro se assustam com a “Lôra” e sobem rápido os vidros, nas raras vezes em que estão abertos. Mas “Lôra” também se assusta com eles.