E se um beija-flor pousar na sua janela?
Vigilância Líquida, mais recente obra traduzida do autor polonês, estuda a crescente e muita vez perigosa demanda por "segurança" e sua ameça à política. Léa Maria Aarão Reis Depois de criar a consagrada expressão modernidade líquida para a vida contemporânea – fluida, inconstante, insegura e insatisfatória – e a mesma conceituação para a pós-modernidade, uma modernidade tardia e “perturbadora” como a que vivemos hoje; e após inscrever vários best sellers sobre o assunto (Modernidade líquida, Amor líquido, Vida líquida e Medo líquido) na sua vasta obra literária, o polonês Zygmunt Bauman, 83 anos de idade e sempre transbordando de energia, publicou no Brasil, há apenas um mês, mais um volume do que podemos chamar de série - ou de coleção. Vigilância líquida (Liquid Surveillance [A Conversation]), editado no Brasil pela Zahar, é o resultado de recentes conversas de Bauman, professor emérito das universidades de Varsóvia e de Leeds, na Grã Bret