Entre os mais pobres, mais da metade ainda não sabe que Haddad é Lula. Por Fernando Brito
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Hoje, finalmente, o Datafolha liberou os dados completos da pesquisa divulgada sexta-feira em seus dados principais.
O Tijolaço, então, repete a busca mas detalhada feita na rodada anterior (realizada em 10/9) sobre quem ainda não sabe que Fernando Haddad é o candidato de Lula.
A média geral, como você vê aí em cima, mostra o crescimento, mas ainda diz pouco.
É preciso ver como isso ocorre entre os eleitores mais simples e mais isolados em matéria de comunicação.
Entre os que ganham até 2 salários mínimos, esta informação era conhecida de 27% dos pesquisados. Subiu muito em quatro dias, mas ainda é de apenas 40% dos entrevistados.
Entre os eleitores de ensino fundamental, onde no dia 10 este conhecimento era de 23% dos entrevistados, nos dias 13 e 14 chegava a 32%.
Quanto ao Nordeste, onde 37% sabiam segunda-feira quem era o indicado de Lula, na quinta e sexta-feira o percentual elevava-se a 50%.
Vê-se, portanto, que as afirmações que aqui se faz sobre o inexorável crescimento de Haddad não são “especulações” ou “torcida”.
Nos três segmentos onde a preferência por Lula se situava na casa dos 50%, menos (e eventualmente bem menos) da metade sabia, três dias atrás, quem era seu indicado.
Até o final desta semana, o “boca a boca” levará Fernando Haddad acima de 20% dos votos.
Enquanto os bobos ficam discutindo voto útil, tema que só está na cabeça da camada politizada que acompanha o noticiário de bastidores.
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