A mobilização entre os trabalhadores para o ato do dia 15 de março contra a reforma da Previdência se intensifica. Na cidade de São Paulo, as centrais organizam assembleias esclarecendo ao trabalhador a importância do ato. A proposta de reforma da Previdência de Michel Temer tramita em comissão especial da Câmara dos Deputados. O processo tem marcado uma disputa entre governo e centrais, que querem evitar que o Executivo passe o rolo compressor.
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo
Mais de 1.500 metalúrgicos se reuniram em São Paulo nesta quinta-feira (2)
O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, afirma que em 2017 as lutas serão ampliadas e é momento de mobilizar os trabalhadores para cruzarem os braços em protesto contra as medidas retrógradas do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB).
Mais de 1.500 metalúrgicos se reuniram em São Paulo nesta quinta-feira (2)“Estamos realizando audiências públicas, plenárias nos sindicatos, panfletagens e todas as ações necessárias para alertar a classe trabalhadora e toda a sociedade contra os prejuízos que a reforma da Previdência pode provocar. Estaremos nas ruas contra essa reforma perversa e cruel que os golpistas querem impor”, diz o dirigente.
A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também convocou os filiados à entidade. "A CTB pede força total às suas estaduais e sindicatos na preparação dos atos e mobilizações do dia 15", enfatizou o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes. O mote acordado pelas entidades para a data é: "Resistir a todo custo contra a retirada dos direitos".
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e vice-presidente da Força Sindical, liderou nesta quinta-feira (2) assembleia na zona leste de São Paulo e disse que as propostas encaminhadas pelo governo ao Congresso Nacional “não podem tirar direitos da classe trabalhadora”.
Para Miguel Torres, a recessão só será superada com a retomada do desenvolvimento econômico do país, investimentos na produção nacional, geração de empregos e respeito às conquistas dos trabalhadores.
“Vamos continuar mobilizados contra a perda de direitos, no dia 15 de março, com assembleias nas portas de fábrica em apoio à mobilização das centrais sindicais, nas demais assembleias regionais metalúrgicas e em ações de pressão aos parlamentares, para que não votem em propostas contrárias aos interesses dos trabalhadores”, diz Miguel Torres. A atividade no bairro de Itaquera reuniu mais de 1.500 metalúrgicos de 15 empresas.
O ato do dia 15 faz parte de uma agenda unitária de lutas contra a reforma da Previdência que reúne a CTB, CUT, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical e CSP-Conlutas.
Do Portal Vermelho, com agências
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