Bancos públicos vão expandir crédito, diz ministro da Fazenda

10 de janeiro de 2016 - 12h07 

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, em entrevista publicada neste domingo (10) ao jornal Folha de S. Paulo, afirmou que os bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES, ajudarão a expandir a oferta de crédito na economia, em 2016, pricipalmente para o setor da construção civil.


Nelson Barbosa, ministro da Fazenda, disse que medidas ajudarão na retomada do crescimentoNelson Barbosa, ministro da Fazenda, disse que medidas ajudarão na retomada do crescimento
"Há uma liquidez nos agentes financeiros públicos e no FGTS que pode ser utilizada para expandir o crédito em atividades prioritárias, como infraestrutura, habitação, saneamento e capital de giro de pequena e média empresa. É o que vamos fazer", disse ele, ressalvando que não haverá subsídios nesses financiamentos, como ocorreu no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff.

"Nos bancos públicos e no FGTS há liquidez. Hoje o problema não é de oferta, é mais de demanda. Mas podemos melhorar o foco das nossas políticas de crédito direcionado para atender às demandas principais da economia, de setores que querem investir e não têm recursos", completou.

Ele afirmou que o governo pretende intensificar o programa de concessões. A proposta tem gerado críticas de setores que consideram a medida como privatizante. "Colocamos quatro aeroportos para concessão. Recebemos estudos sobre três ferrovias e estamos também concluindo negociações para novos investimentos em concessões existentes, como na Via Dutra. Há uma agenda de melhoria do ambiente de negócio e medidas para simplificar e desburocratizar a vida das empresas e das famílias", disse o ministro.



Barbosa também garantiu que haverá rigor fiscal. "Primeiro temos de aumentar a previsibilidade, sobretudo a fiscal. Hoje o maior desafio do Brasil é o fiscal, e ele só depende de nós mesmos", afirmou, antes de garantir que a meta de 2016 será cumprida.

"Somos todos a favor de um ajuste do tamanho necessário para equilibrar as contas públicas e estabilizar o nível de atividade econômica. O que houve ao longo do ano do passado foi que as previsões sobre crescimento e arrecadação acabaram não acontecendo. Isso levou a uma necessidade de o governo fazer ajustes", acrescentou. 


Do Portal Vermelho, com informações de agências

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