“Urgência” de 20 anos de espera nas contas abre caminho para o “golpe paraguaio”

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O golpe das contas está em marcha.
Em cima da perna, a Câmara aprovou  o regime de urgência (urgência!) para a apreciação de contas presidenciais que estavam paradas há anos (uma delas, de Itamar Franco, aguarda aprovação desde 1997!).
Agora, a qualquer momento, amanhã ou depois de amanhã, Eduardo Cunha as colocará em votação e liberará a Casa para votar, de imediato, o parecer do Tribunal de Contas sobre a contabilidade do último ano do Governo Dilma, onde se quer aplicar a tese das “pedaladas”.
Imagina-se que, também, em regime de urgência, com rito sumário, de afogadilho, com todas as características de uma votação meramente política.

Nos sonhos de Cunha, obvio, a Câmara as rejeitará e encaminhará ao Senado, onde a sua aliada Rose de Freitas se movimenta para que não sejam apreciadas nem pela Comissão de Orçamento (que ela preside), nem pelo plenário do Senado, mas diretamente em sessão do Congresso, onde a situação é mais “vantajosa” para Cunha, porque o apoio do Governo é menor que exclusivamente no Senado.
Cunha sonha que deixará tudo pronto para o pedido de impeachment por “crime de responsabilidade”.
O jogo do “golpe paraguaio” é rápido e bruto.
Bem diferente do “slow-motion republicano” do que é o do governo.

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