Fernando Brito: A arma dos terroristas – inclusive os econômicos – é o medo que se tem deles

1 de junho de 2015 | 20:01 Autor: Fernando Brito
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Aqui se faz crítica quase diária ao “ajuste fiscal”, porque atinge quem não tem que ser sacrificado e deixa barato para quem tem a dar.
E há muito a se reclamar de muitas coisas não terem sido feitas quando havia força política para isso, ao menos para tentar.
Mas só os tolos e os cúmplices podem achar que a súbita “vocação generosa” de Eduardo Cunha e Renan Calheiros tem algo em mente senão a erosão da capacidade econômica de estabilizar-se do Governo Dilma.

Se alguém duvida, olhe a capa de hoje do Valor Econômico.
Só há ali uma imprecisão: não são “bombas” para explodir.
O terrorista, mesmo o econômico, pouco ou nada ganha com sua detonação.
E muito ganha com o medo e até o pânico de que ela seja acionada.
É com isso que consegue seu “resgate”, que negocia suas vantagens.
Não que tenham receio ou escrúpulos em explodi-las, com todos os danos que possam causar às pessoas e, neste caso, ao país.
Cunha e Renan são profissionais no jogo de pressões espúrias que virou a política brasileira.
Tanto é assim que nunca pressionaram para votar, por exemplo, a jornada de 40 horas, ago que até Roosevelt, nos anos 30, fez nos EUA para atenuar os efeitos no emprego, como mostrei outro dia aqui.
E sabem que enfrentam um governo acuado e que se prende no círculo do de giz do “não contesto porque não quero piorar as coisas”.
E quem não fala não pode pretender ser entendido, que dirá ser apoiado…

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