FAO solicita 121 milhões de dólares para enfrentar crise síria


Imagen de muestraRoma, 30 mar (Prensa Latina)

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediu hoje a arrecadação de 121 milhões de dólares para frear a deterioração da segurança alimentar provocado pela atual crise na Síria.
Esse montante também busca enfrentar o colapso das cadeias regionais, pois ambos os fenômenos afetaram gravemente a produção e o comércio agrícolas e deixaram cerca de 9,8 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, apontou a organização em um comunicado.

Temos que contribuir com ajuda adicional para os camponeses a reconstruindo a infraestrutura e os meios de subsistência agrícolas, alertou Abdessalam Ould Ahmed, subdiretor geral da FAO e representante regional para o Oriente Médio e África do Norte.



Essas declarações foram feitas um dia antes da realização, no Kuwait, da Terceira Conferência Internacional de Doadoras para a Síria, que segundo a organização representa uma oportunidade de arrecadação de fundos necessários paras a fortalecer a produção agrícola no país e nas nações vizinhas.

Do total solicitado, a FAO busca 59 milhões de dólares para beneficiar 1,5 milhão de pessoas através do apoio à produção de alimentos básicos e à melhoras na nutrição e nos rendimentos das famílias, bem como a coordenação entre os governos e outros organismos.

Os outros 62 milhões, detalhou, seriam utilizados para ajudar as comunidades de acolhida no Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia diante de enfrentar a afluência de refugiados sírios e tornar sua agricultura mais produtiva e sustentável.

Em seu texto, a entidade recordou que a crise iniciada em 2011 já deslocado mais de 11 milhões de sírios, dos quais 4 milhões fugiram aos países vizinhos.

Desses refugiados, 85 por cento assentou-se em locais fora dos acampamentos, como zonas rurais onde a agricultura é o meio de subsistência das famílias mais pobres.

Na própria Síria perdeu-se cerca de 50 por cento do gado e a colheita de cereais reduziu-se à metade, ao mesmo tempo em que aumentaram os preços dos alimentos e milhares de animais não puderam ser vacinados pelo colapso dos serviços veterinários, advertiu a FAO.

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